Não à Lei da Mordaça: docentes pedem a vereadores de Campo Grande que mantenham veto

A presidenta e o vice-presidente da

ADUFMS-Sindicato

, professora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães e professor Moacir Lacerda, participaram nesta terça-feira 24 pela manhã, de reunião com vereadores de Campo Grande com o objetivo de argumentar em defesa do veto do prefeito Alcides Bernal (PP) ao projeto batizado de Lei da Mordaça, previsto para entrar em votação na próxima semana.

De acordo com Mariuza Aparecida, o projeto tem o propósito de intimidar os/as educadores/as, ferindo a liberdade pedagógica da escola. Explicou que os temas relacionados a gênero, raça e livre orientação sexual são tratados com responsabilidades por professores e professoras. O conteúdo é norteado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional de Educação (PNE), sendo, portanto, desnecessária uma lei dizendo o que deve e ou não ser abordado na sala de aula.

O professor Moacir Lacerda frisou que iniciativa como a Lei da Mordaça já está superada e já nasce sem efeito, pois todos os temas que a lei tenta cercear são tratados por jovens e adolescentes pelas redes sociais e pelos meios de comunicação abertos e fechados.

A reunião com os vereadores aconteceu em ação conjunta com a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (

Fetems

), o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (

ACP

) e docentes de Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (

UEMS

). Participaram da reunião com o compromisso de votar a favor do veto ou analisar melhor a lei para reavaliar o voto os vereadores Eduardo Romero (Rede); do PSDB (Livio Viana de Oliveira Leite e José Chadid); Francisco Luis Jaci (PTB); Luiza Ribeiro (PPS); do PT (Marcos Alex e Ayrton de Araújo); Gilmar da Cruz (PRB); do PSD (Chiquinho Telles e Coringa Vieira); além de Edil Albuquerque (PTB).

Os vereadores admitiram certa displicência na votação da matéria na casa, e a repercussão na segunda votação acabou polarizada ideologicamente, sendo encontrar um meio termo sobre a questão.


Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato