PR: Denunciando irregularidades de Richa, professores iniciam greve

De acordo com APP-Sindicato, 50% da categoria já aderiu à paralisação que começou nesta segunda-feira (17)


Escrito por: CUT • Publicado em: 17/10/2016 – 12:45 • Última modificação: 17/10/2016 – 12:49



Foto: APP-Sindicato

Os professores da rede estadual do Paraná iniciaram, nesta segunda-feira (17), uma greve contra o “calote” do governador Beto Richa (PSDB). Segundo os educadores, o mandatário do estado vem descumprindo o documento “Compromissos do Paraná com a Educação Pública”, firmado entre o governo e educadores após a paralisação de 2015.

Segundo a entidade, Richa deveria ter respeitado a Lei 18493/2015, que prevê a recomposição salarial da categoria para janeiro próximo com base na inflação de 2016. Nesta segunda-feira (17), de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP- Sindicato), 50% da categoria já havia aderido à paralisação.

Além do descumprimento da agenda prevista no “Compromissos do Paraná com a Educação Pública” e o desrespeito à data-base da categoria, outras pautas justificam a greve em curso no Paraná: Retirada do projeto 043/2016 que está na Assembleia Legislativa do estado; Pagamento das progressões e promoções; Equiparação dos salários dos(as) funcionários(as) Agente 1 ao piso mínimo regional; Reajuste do auxílio transporte para os(as) funcionários(as) PSS; Retirada da falta do dia 29 de abril de 2016; Pautas Nacionais – revogação da MP 746, rejeição da PEC 241 e do PLS 54 (PL 257 aprovada na Câmara), não à reforma da previdência.

Com receio de distorções, o APP-Sindicato convocou uma coletiva de imprensa para explicar detalhadamente os motivos apresentados para a greve estadual.

“A greve não é por aumento de salário, nós estamos reivindicando apenas que o governador cumpra com seus compromissos e com o que já existe na lei. Ele desprestigia o trabalho dos educadores e tenta colocar a população contra a APP, para continuar dando o calote em milhares de trabalhadores sem ter sua imagem arranhada”, lamenta Hermes Leão, presidente do APP-Sindicato.

Ainda na coletiva, Leão lamentou a resistência do governo em negociar com a categoria. “Desde que deflagramos a greve na assembleia, temos tentado contato com o governo e com a Seed, estamos à disposição a qualquer momento do dia ou noite para que esta reunião aconteça. No entanto, ainda não fomos atendidos em nossa solicitação. Ao nosso ver, é uma tentativa de desgastar a imagem da APP, colocando-nos como culpados da falta de aulas”, explicou.