Entidades, advogados, juízes e funcionários do Judiciário protestam em defesa da Justiça do Trabalho


Gazeta Trabalhista





Assim como em diversas capitais, em Campo Grande aconteceu nesta segunda-feira 21 o ato em defesa da Justiça do Trabalho, contra ameaças de sua extinção e transferência de atribuições para outros órgãos, a exemplo do que aconteceu com o Ministério do Trabalho. Com a presença de advogados, juízes, procuradores e servidores do Judiciário do Trabalho, bem como de representantes de diversas categorias de trabalhadores, a mobilização ocorreu no saguão do Fórum Ramez Tebet, em Campo Grande.

O ato foi convocado pela Abrat (Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas – Região Centro-Oeste), OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Mato Grosso do Sul), Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados), Amatra (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho/XXIV Região) e AAT-MS (Associação dos Advogados Trabalhistas de Mato Grosso do Sul).

Foram destacadas pelos oradores, no evento, a importância da Justiça do Trabalho para a sociedade – como reguladora dos conflitos de classe – e a necessária unidade entre os diferentes segmentos para a defesa da instituição, pois não são novidade os ataques contra o Judiciário do Trabalho. O caráter protetivo da Justiça do Trabalho, a garantia do cumprimento da lei e a existência de instâncias que possam dar algum equilíbrio na relação entre o capital e o trabalho também foram abordados.

O Sindjufe-MS (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul) foi representado no ato pelo diretor Francisco Demontiê, que fez uso da palavra destacando o papel do Judiciário do Trabalho e de seus servidores, colocando que a entidade continuará cumprindo seu papel de defesa do Judiciário do Trabalho e dos direitos dos servidores.

Sindicatos e trabalhadores de diferentes categorias, entre eles bancários e eletricitários, foram apoiar o ato, por entenderem que o ataque às leis trabalhistas, aos sindicatos e ao Judiciário do Trabalho fazem parte de um conjunto de ações articuladas com objetivo de diminuir direitos, nivelar por baixo os salários e retirar garantias constitucionais.

As entidades presentes rejeitaram qualquer tentativa de desconstrução do Judiciário do Trabalho, fazendo um alerta à toda sociedade para que fique atenta pela preservação dos direitos conquistados na Constituição, pois o próprio Judiciário do Trabalho é um patrimônio constitucional a ser defendido. O desmonte das leis trabalhista, o fim do Ministério do Trabalho, a desestruturação dos sindicatos e a extinção da Justiça do Trabalho são fatos interligados.