24J: Para presidente da ADUFMS, pressão popular dos Atos vem trazendo resultados cada vez maiores para enfraquecimento de Bolsonaro

A manifestação do dia 24J ficou marcada como mais um dia histórico de mobilização por Fora Bolsonaro. Em mais de 500 cidades pelo mundo, 600 mil pessoas foram às ruas. No Mato Grosso do Sul, atos tomaram as ruas da capital e do interior, pedindo pelo impeachment do (des)governo Bolsonaro e seu projeto genocida, por vacina para todos, pelo auxílio emergencial de R$ 600, emprego e renda para a população e contra os desmontes dos Serviços Públicos e a Reforma Administrativa.

Para o presidente da ADUFMS, Marco Aurélio Stefanes os dias nacionais de manifestação têm sido essenciais para denunciar as problemáticas da falta de vacina, da corrupção envolvendo a compra dos imunizantes, as questões urgentes do desemprego e da fome no país e o desmonte dos serviços públicos. “Os atos são fundamentais para mostrarmos a realidade do momento que estamos vivendo não só pro Brasil mas pro mundo”, diz o professor, “para que todos vejam a urgência de políticas sérias para o país em todos os sentidos”.

Em Campo Grande/MS, novos segmentos da sociedade civil juntaram-se ao ato. Da mesma forma, a adesão popular foi consideravelmente maior, com profissionais da educação, estudantes, servidores públicos, indígenas, trabalhadores rurais, advogados,  jornalistas,  artistas, trabalhadores dos correios e da segurança pública, entre outros representantes da sociedade civil construindo o maior ato da série contra o atual governo. E avisando que o próximo será maior. 

De acordo com Stefanes, os quatro atos nacionais vêm trazendo resultados crescentes e pressionado o atual governo em vários sentidos.”Há várias reações do governo Bolsonaro que já podemos observar, como as infames “motociatas”, e a recomposição do chamado “centrão”, tirando um pouco os militares do poder. Ou seja, antes, o governo negava o centrão como espectro político e agora se rende totalmente a ele”, observa. Para ele, a manifestação do dia 24 foi visivelmente maior e substancial e, com isso, pode-se observar a construção dos chamados movimentos assimétricos. “Isto já está se manifestando com essa queima de estátuas e os movimentos black-blocs em São Paulo. Acreditamos que os movimentos de direita já se preparam para uma resposta. Então toda essa situação tende a se intensificar”, prevê.  

Em Aquidauana-MS, a ADUFMS juntamente com outros movimentos da sociedade civil promoveu uma passeata pela cidade. Uma das organizadoras, a Professora Ana Paula Batarce, docente no CPAQ- Aquidauana e diretora da subseção de Aquidauana da ADUFMS, observa a importância da quantidade de atos estarem aumentando a cada manifestação pelas cidades do Brasil e do mundo. Segundo o Mapa dos Atos da CUT- Brasil desta vez foram 509 cidades participantes. “Precisamos continuar nos mobilizando para enfraquecer cada vez esse governo despreparado e genocida, que não se importa com a população brasileira, porque se realmente fosse comprometido não teria negociado propina ao invés de compra de vacina efetivamente”, alerta a professora. 

Para Batarce, outro motivo dos movimentos seguirem está no despertar da consciência política da população, que afeta a vida de toda a sociedade. “Precisamos seguir nos mobilizando para que a população entenda que possui o direito a uma vida mais digna. Que com o preço do gás, do arroz, do feijão e de toda a cesta básica, é impossível essa dignidade! Os atos também acontecem para que os trabalhadores e trabalhadoras possam ter uma vida mais digna, uma vida com esperança de ser vivida”, ressalta.

 

*No Mapa dos Atos é possível verificar a lista de cidades onde o povo foi às ruas no último dia 24.