64ª CONAD/ANDES- FORTALECER O SINDICATO É URGENTE





Por Profª Drª Mariuza Aparecida Camillo Guimarães

Representante da ADUFMS NO 64ª CONAD

Foi realizado no período de 11 a 14 de julho o CONAD/ANDES, a segunda maior instância do Sindicato Nacional de Docentes da Educação Superior, que reuniu professores de universidades federais, estaduais, institutos federais e outros órgãos da educação representados por este sindicato para discutir a conjuntura e atualizar o Plano de Lutas da categoria.

A realização desse encontro se reveste de importância na conjuntura que ora se apresenta. A universidade brasileira é objeto de ataques inéditos em sua história, pois estes se dirigem à instituição e não a grupos que a compõem. O fantasma da privatização se materializa no projeto governamental desenhado nos últimos meses.

O encontro foi palco de intensos debates sobre a conjuntura e sobre as tarefas necessárias para fazer frente ao que se avizinha quanto aos ataques à universidade. Observamos que há um certo imobilismo da direção do ANDES, muito preocupada com o método e com alguns aspectos dele que prioriza a discussão pela base, o que entendemos, pois este é o espírito do Sindicato, entretanto, o momento exige ações rápidas e é para isso que existe a direção do sindicato, para encaminhar as ações emergenciais.

Merece destaque a atuação do Renova Andes que disputou a última eleição com a atual diretoria e que cumpriu com seu papel de oposição, intervindo, propondo, fazendo eco à fala dos delegados e delegadas sobre as demandas da categoria, tais como a luta por direitos à aposentadoria, campanha salarial e carreira, apoio jurídico, entre outros elementos, incluindo a necessidade de ações mais contundentes contra o atual estado de coisas.

Nos grupos foi defendida adesão à proposição da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) sobre a paralisação em defesa da educação pública, no dia 13 de agosto, o indicativo para que as seções sindicais construam nas respectivas bases uma greve geral da categoria docente das IFES e a interlocução com movimentos locais e nacionais, para conter os ataques do governo aos/as servidores/as e aos serviços públicos.

O momento exige um outro sindicato, forte, coeso nas políticas, atuante, participativo, que construa unidade com todas as organizações que se disponham a defender a educação pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada. Para isso, a máxima é O SINDICATO SOMOS TODOS E TODAS NÓS! Venha para a luta você também que acredita na educação pública!