ADUFMS denuncia ao MPF omissão da UFMS e pede suspensão de calendário acadêmico por causa da pandemia de covid-19

Foto reproduzida de MPF


Decisão de denunciar reitoria da UFMS é em razão da falta de resposta a ofícios encaminhados para evitar ocorrência de mortes e contaminação na comunidade universitária


 ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional protocolizou em 15 de abril representação no Ministério Público Federal (MPF) que requer SUSPENSÃO IMEDIATA das atividades acadêmicas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), enquanto perdurar a situação de emergência. A maioria das universidades federais do país já suspenderam seus calendários acadêmicos por tempo indeterminado. 

Os/as dirigentes da entidade pedem providências urgentes, pois visa a evitar prejuízos maiores dos que já estão sofrendo aluna(o)s e docentes da UFMS, danos incalculáveis. 

“O percentual de docentes sem instruções e domínio das ferramentas de Ensino a Distância [EaD]  é significativo e ainda maior” entre estudantes, em razão da “situação precária” de centenas de aluna(o)s, “que sequer têm computador e acesso a internet em suas casas, além dos cursos, onde tal modalidade não pode ser aplicada”.

Para a ADUFMS, a Universidade “não pode ignorar a existência de inúmeros professores e acadêmicos que não têm condições de viabilizar as atividades a distância e estão sofrendo a cada dia, amargando prejuízos para os docentes em suas carreiras e para os acadêmicos em sua formação”. 


A manifestação solicita que “sejam oferecidas as condições de segurança e proteção aos docentes e a toda à comunidade, NOS SETORES ONDE NÃO FOR POSSÍVEL A SUSPENSÃO DOS SERVIÇOS”. Requer ainda a permissão para “a participação da ADUFMS no COMITÊ OPERATIVO DE EMERGÊNCIA DA UFMS, por ser representante da categoria docente”. Esse pedido tem sido negado pela administração central da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.


No pedido encaminhado ao Ministério Público Federal, a ADUFMS reforça a necessidade de manutenção de ajuda financeira a aluna(o)s, mesmo com a suspensão do calendário acadêmico. 


“Os estudantes que dependem de bolsas e outros benefícios para sua subsistência também deverão ser amparados, tratando-se de uma situação de emergência nacional.”


A decisão de denunciar a reitoria da UFMS é em razão da falta de resposta por parte da administração sobre os ofícios enviados para evitar a ocorrência de mortes e contaminação entre acadêmica(o)s, docentes e técnica(o)s da Universidade.

Outro ponto grave destacado no pedido ao MPF é a “surpreendente Portaria 494 da UFMS”, que indica “o RETORNO de TODAS as atividades PRESENCIAIS a partir do dia 11 de maio”, justamente período em que órgãos sanitários, como o Ministério da Saúde, afirmam “que será o ‘pico’ da pandemia no Brasil”.

De acordo com o documento, “a UFMS está na contramão do restante do Brasil e do mundo, em que a ordem é o isolamento social, a fim de resguardar a saúde e a vida das pessoas, patrimônio que não tem preço e não pode ser desprezado, causando, especialmente nos docentes, grande apreensão e motivo de angústia”. 

ÍNTEGRA DA DENÚNCIA CONTRA A UFMS ENCAMINHADA AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Assessoria de Imprensa da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional