Carga horária: consulta ‘on-line’ avilta democracia na UFMS



ASSEMBLEIA ORDINÁRIA ADUFMS.CAMPO GRANDE 15.04.2015


Assembleia Geral Ordinária, Campo Grande: categoria a favor da atuação colegiada para discutir e decidir sobre carga horária (Foto: ADUFMS)

A consulta pública

on-line

sobre carga horária docente no ensino de graduação, implementada pela direção da UFMS, afronta os órgãos colegiados da instituição. Essa foi a conclusão a que chegaram professoras e professores nos

campi

de Campo Grande e Aquidauana durante a Assembleia Geral Ordinária do último dia 15, na qual se manifestaram contrários/as à consulta.

Em Corumbá, docentes participantes da Assembléia criticaram essa prática da administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. No

Campus

de Paranaíba (CPAR), os/as presentes à Assembleia decidiram “pela defesa da carga horária mínima de oito horas de aula para os docentes 40h DE, uma vez que a conversão da hora-aula de 50 minutos em hora-relógio (60 min) implica mais trabalho e mais disciplinas para se atingir o mínimo necessário para progressão na carreia, via SiaDoc [Sistema de Avaliação de Desempenho da Carreira Docente]”. Ainda no CPAR, “docentes solicitaram a atuação vigilante do Sindicato nas instâncias decisórias da UFMS” acerca do assunto.

A deliberação na Assembléia Geral Ordinária em Aquidauana rejeitou a consulta pública sobre carga horária, empreendida via internet pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Preg). A decisão acompanhou-se de manifesto postado na página da

ADUFMS

(direção sindical no CPAQ) no Facebook, repudiando “a forma como a administração central [da UFMS] tem conduzido as decisões importantes que afetam todos/as os/as professores/as: POR MEIO DE CONSULTAS PÚBLICAS

ON LINE

. Com o fim dos departamentos, a participação direta dos/das professores/as nos assuntos da Universidade foi encerrada. Contudo, os órgãos colegiados não estão tendo a função de debate e deliberação [pela qual] são responsáveis”. Os/as docentes em Aquidauana pediram “DEMOCRACIA NA UFMS JÁ!!!” e a “ELIMINAÇÃO DE CONSULTA PÚBLICA

ON LINE

!!!”

Na Assembléia Geral Ordinária em Campo Grande, a categoria rechaçou a consulta pública

on line

e argumentou a favor da atuação colegiada para discutir e decidir sobre carga horária. Apontou-se o assunto como complexo porque não envolve só ensino em sala de aula. Envolve também aspectos relacionados a estágio e pesquisa. Portanto, trata-se de um tema a ser encaminhado pelos/pelas docentes, fundamentado pedagógica e juridicamente, para ser debatido nos órgãos colegiados. Em Chapadão do Sul, a docência votou favorável à consulta pública sobre carga horária.



Assessoria de Imprensa da ADUFMS