Congresso de docentes aprova indicativo de greve nas instituições federais de ensino superior

     Mariuza Aparecida destaca que reforma da Previdência encurtou os salários – Foto: Rejane Aparecida Rodrigues Candado/ADUFMS Seção Sindical ANDES Nacional

PARTICIPANTES do 39º Congresso do ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) aprovaram nesta sexta-feira 7, por unanimidade, indicativo de greve nas instituições federais de ensino superior (Ifes) a partir de 16 de março. Até 13 de março serão realizadas assembleias de base para discutir o movimento paredista. Em seguida haverá reunião dos setores para avaliar os resultados das assembleias organizadas pelas seções sindicais.

 A ex-presidenta da ADUFMS Seção Sindical e delegada eleita por docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) para participar do Congresso, que acontece na cidade de São Paulo até este sábado 8, Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, defendeu que a categoria construa um processo de greve nacional para enfrentar a perseguição aos/às docentes e à universidade pública.  

De acordo com a docente, a categoria deve reagir em defesa dos salários. Ressaltou, como exemplo, o percentual de perdas já ocorridas no último período. Indicou ainda o momento oportuno para a discussão sobre os efeitos da reforma da Previdência, pois os descontos da contribuição para aposentadas/os já constam no holerite de janeiro, e o reajuste da alíquota para as/os ativas/os, com aumentos expressivos, ocorre agora a partir de março.  

Mariuza Aparecida lembrou que docentes têm cobrado uma posição em defesa dos salários, em consonância com a defesa da universidade pública.

O 39º Congresso do Andes começou na terça-feira 4 com participação de mais de 700 delegadas/os. Além de Mariuza Aparecida, são delegadas/os de base escolhidas/os pela categoria as/os seguintes docentes da UFMS: Rejane Aparecida Rodrigues Candado, Silvana Aparecida da Silva Zanchett, Waldson Luciano Corrêa Diniz e Andre Luiz de Carvalho. O professor José Roberto Rodrigues de Oliveira participa como delegado da diretoria da ADUFMS. Na condição de observador, está no Congresso o professor Moacir Lacerda.

Na tarde de quinta-feira 6 ocorreram as plenárias do Congresso que definem as propostas apresentadas pelos grupos de trabalho, entre elas, a construção da greve geral das IES federais. “Estamos cobrando uma pauta para a greve que vá ao encontro das reivindicações diretas das/os docentes, como é o caso das perdas salariais pela ausência de reajustes nos últimos anos, nova alíquota da previdência, perda de direitos à aposentadoria, abono-permanência, apoio para qualificação, entre outros”, afirmou Mariuza Aparecida, que reforçou a necessidade de greve geral.

Mariuza Aparecida Camillo Guimarães – Trecho do pronunciamento