Contratação de professores sem concurso pode agravar situação de trabalho nas universidades federais

A proposta de contratação de professores e pesquisadores estrangeiros para instituições federais de ensino superior (Ifes) sem concurso, apresentada pelo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, no simpósio internacional



Excelência no Ensino Superior


,

vem causando preocupação de docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O diretor do Sindicato dos Professores das Universidades Federais Brasileiras dos Municípios de Campo Grande, Aquidauana, Bonito, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas, no Estado de Mato Grosso do Sul (

ADUFMS-Sindical

), professor Ronny Machado de Moraes, explica que essa ideia põe em xeque os concursos públicos para admissão de docentes nas universidades federais.

De acordo com matéria publicada na Agência Brasil, a proposta apresentada por Guimarães “tem o aval do Ministério da Educação”. Segundo o presidente da Capes, “o ministro [da Educação, José Henrique] Paim e o ministro [da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio] Campolina estão nos autorizando a fazer uma organização social para contratar, saindo do modelo clássico”(


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Capes defende contratação de professores por organizações sociais”


).

Em reunião de sindicalistas docentes de Ifes e de institutos federais, ocorrida em Brasília no dia 25 de setembro com representantes do MEC, da qual participaram os professores

Ronny Machado de Moraes

e Marco Aurélio Stefanes, diretores da ADUFMS-Sindical, o assunto foi lembrado pela Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), mas o secretário de Educação Superior, Paulo Speller, que estava no encontro, não fez comentário sobre a autorização do ministro Paim para criar uma organização social (OS) que se encarregaria de contratar professores para o magistério superior das universidades federais.

De acordo com o professor Ronny Machado, os docentes das universidades públicas federais não foram chamados para se posicionar sobre a ideia de extinção de concurso de acesso ao magistério superior federal. Machado acrescentou que “não é com canetada” que se toma uma decisão que pode aumentar a precarização do trabalho docente nas Ifes. O professor enfatizou que a

ADUFMS-Sindical

não é contra os intercâmbios, já existentes, de professores visitantes, que, diferentemente da proposta do governo federal de contração de docentes e pesquisadores de outros países sem concurso, não é vínculo definitivo.

A vice-presidenta da

ADUFMS

, professora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães disse que a entidade é contra a contração de professores/as sem concurso. O sindicato defende o concurso como único meio de ingressar no magistério superior federal.


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Assessoria de Comunicação