Delegadas/os da etapa estadual da Conape reafirmam compromisso de trabalhadoras/es da educação com ensino público






Fotos: Gerson Jara/ADUFMS-Sindicato

Participantes da etapa sul-mato-grossense da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) reforçou a disposição de luta contra o desmonte e os retrocessos na educação pública orquestrados pelo Governo Temer.

A Conape estadual reuniu mais de 340 delegadas/os eleitas/os nas conferências municipais, além de pessoas ligadas aos movimentos sociais, sindicais e outros setores ligados ou de apoio à educação. O evento aconteceu em Campo Grande na sexta-feira 9 e no sábado 10 na Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (

Fetems

) e em auditório  do Complexo Multiúso da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Segundo a diretora da Faculdade de Educação (Faed-UFMS) e coordenadora do Fórum Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul (

FEE-MS

), Ordália Almeida, foi um desafio realizar conferência estadual com número expressivo de participantes tiradas/os em 12 conferências intermunicipais, quatro municipais e uma livre, realizada por docentes da UFMS, sem o apoio institucional necessário do Ministério da Educação (MEC) e concretizada devido a persistências das entidades sindicais ligadas à educação, profissionais e secretários comprometidos com o fortalecimento das instâncias de decisão coletiva. Evidenciou esforço desenvolvido pelo Conselho Estadual de Educação

CEE-MS

,

FETEMS

,

ADUFMS-Sindicato

e outras entidades parceiras.




Na abertura do evento, a professora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, que integrou a comissão organizadora do evento e coordenou as mesas de trabalho, representando a

ADUFMS-Sindicato

, resgatou que o auditório da

FETEMS

a fazia lembrar da trajetória de luta na defesa da educação pública e conquistas salariais e de melhores condições para o magistério sul-mato-grossense.

A docente destacou que a realização da Conape estadual  são a magnitude, a expressão de luta e força que marcam a vida das/os profissionais da educação. Colocou a centralidade da conferência na formulação de políticas públicas. Mariuza Aparecida condenou a lógica mercadológica e conservadora do movimento Escola sem Partido que ataca as bases democráticas na formulação da política educacional pública no País.

Para a professora  a educação é uma prática social adequada a um fim, campo de disputa de projetos e espaço de contradições, que ora apresenta avanços, ora recua, como os retrocessos do atual momento. Defendeu a educação como direito da/o cidadã/ão – ensino laico, gratuito e de qualidade.

As posturas adotadas pelo Governo Temer, opinou Mariuza Aparecida, comprometem as metas de universalização da educação na idade de 4 a 17 anos de idade, gratuita e de qualidade. Abandonam os Ceins (centros de Educação Infantil) à própria sorte.

Destacou ainda a importância da construção de um sistema nacional de educação com base nos eixos estruturantes previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), garantindo o princípio da gratuidade, laicidade e referência social.



Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato