Docentes criticam eliminação de instâncias de discussão na UFMS

A falta de reuniões do Conselho Universitário (Coun), bem como a eliminação de instâncias da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), nas quais docentes discutiam seus problemas e os da instituição, foram lembradas em seminário realizado nos dias 23 e 24 de setembro, em Campo Grande, promovido e organizado pela diretoria



Gestão Autonomia Sindical





da





ADUFMS.



Diretora da



ADUFMS-Sindical

, a professora Ana Paula Salvador Werri (Aquidauana) criticou a aniquilação de espaços nos quais professoras e professores debatiam questões relacionados às ações da reitoria.

Organizar por local de trabalho é uma forma de superar esse obstáculo. “Isso é fundamental para que possa haver um real amadurecimento”, explicou Ana Paula. A sindicalista acrescentou que as conversas para discutir a universidade, a situação dos/as professores/as “não aconteceram e não vêm acontecendo”.

As reuniões do Coun não vêm sendo realizadas periodicamente, como deseja o quadro docente. Apesar dos muitos problemas que ocorrem dentro da UFMS – como excesso de horas-aula, a ilegal obrigatoriedade de professores assinarem ponto e pautas que deveriam passar pelo crivo da comunidade universitária –, cobrada pela



ADUFMS

, a reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira insiste que não há assuntos que justifiquem a atuação do Conselho.

O Coun deve reunir-se no mínimo quatro vezes por ano. Faltam pouco mais de três meses para terminar o ano. A última reunião do Conselho Universitário foi em março de 2014.

Em uma das reuniões da



ADUFMS

, realizadas este mês, o professor Edelberto Pauli Júnior (Aquidauana), chamou atenção para a necessidade de se rediscutir o Coun e como são escolhidos seus conselheiros.

Já em outro momento, na terça-feira 23, primeiro dia do seminário organizado pela

ADUFMS-Sindical

, o professor Antônio Carlos do Nascimento Osório fez crítica contundente à forma de se administrar a UFMS, sem participação da comunidade universitária. “Em quase 30 anos, eu nunca vi um autoritarismo a toda prova!”



Assessoria de Comunicação/ADUFMS-Sindical