Docentes da UFMS propõem 19,7% de reajuste para facilitar acordo com governo federal

Docentes da UFMS,  após mais de 50 dias em greve,  aprovaram por maioria, na Assembleia realizada nessa quarta-feira 5 em Campo Grande, a redução do índice de reposição salarial 27,3% de reajuste para 19,7% para 2016 (parcela única). A decisão acatou orientação do Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e do Fórum dos Servidores Públicos Federais (SPFs), numa tentativa de fechar acordo com o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em reunião que deverá acontecer nos próximos dias.

O novo percentual considera apenas as perdas salariais do ano de 2010, até junho de 2014. As diferenças anteriores ficariam de ser negociadas de forma parcelada e simultaneamente haveria as discussões em torno da reestruturação da carreira, com objetivo de corrigir distorções presentes na atual tabela de promoção da categoria.

Na discussão, os/as docentes consideraram como avanço a apresentação da pauta unificada dos SPFs na mesa de negociação com o MPOG. A aprovação do índice de reposição com redução teve como propósito preservar e garantir a unidade das diversas categorias,  já com sinais de esgotamento de alguns segmentos que começaram a tratar das reivindicações em separado, como é o caso do Proifes-Federação. Os/as participantes também criticaram a tentativa do governo federal de dividir o Fórum.

As professoras e os professores da UFMS também aprovaram nota de repúdio ao prefeito Gilmar Olarte (PP) e ao presidente da Câmara de Vereadores, Mário César (PMDB), pela ação truculenta de membros da Guarda Municipal, com os/as docentes da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande (REME), na sessão da terça-feira 4.

O ato “Abra as contas, reitora!”, nesta quinta-feira, em frente à reitoria, foi objeto de discussão. A iniciativa tem como objetivo cobrar da administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul a apresentação do Plano de Contingenciamento de Gastos à comunidade universitária, em decorrência dos cortes de cerca de R$ 9,4 bilhões realizados pelo Ministério da Educação (MEC) em investimento e custeio. Várias solicitações forma encaminhadas pelo Diretório Central das e dos Estudantes (

DCE

) e pela

ADUFMS-Sindicato

sem qualquer resposta. O plano tem sido cobrado do MEC,  que alega não ter conhecimento quando o assunto entra em pauta na mesa de negociação com os/as servidores/as.



Assessoria de Imprensa da ADUFMS