Educação especial: pesquisadora da UFMS integra comissão em defesa do Ceada

A professora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), pesquisadora da temática de educação especial, integra o movimento em defesa do Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação (Ceada), administrado pelo governo de Mato Grosso do Sul. A docente faz parte da comissão de interlocução com o Executivo estadual. Ela participou de manifestação sobre o assunto e de reunião na Governadoria na quinta-feira 12 para discutir a situação do Centro.

Ao jornal

online

Campo Grande News, Mariuza Aparecida explicou que os/as manifestantes – pais, mães, responsáveis, pessoas com deficiência auditiva e ativistas – foram à “governadoria para protocolar o documento com propostas de melhorais e funcionamento do Ceada.

É preciso oferecer um acompanhamento continuado digno às crianças e adolescentes deficientes auditivos

”.



Confira abaixo o desdobramento desse movimento.


Capital terá escola pública bilíngue até 2018, anuncia secretária de Educação





Sílvio Andrade – Subcom – 12/01/2017



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Mariuza

(segunda da direita p/esquerda):

“É preciso oferecer um acompanhamento continuado digno às crianças e adolescentes deficientes auditivos discute assistência”

(Foto: Edemir Rodrigues –Subcom)


Campo Grande (MS) –

O Governo do Estado implantará, até 2018, uma escola bilíngue em Campo Grande para atender as crianças e jovens com deficiência auditiva em idade de escolarização, os quais hoje estão migrando para a rede pública face à reestruturação do Centro Estadual de Atendimento ao Deficiente da Audiocomunicação (Ceada), na Capital, que deixa de oferecer a escolarização a esse grupo em atenção à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

“Será uma escola comum, aberta à comunidade, proporcionando maior integração entre os alunos que já dominam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e aqueles ainda em processo de aprendizagem”, disse a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta, ao anunciar a nova estrutura para os alunos com necessidades especiais que cursam o ensino fundamental.

O compromisso de construir uma escola bilíngue foi firmado pela governadora em exercício Rose Modesto no encontro com pais, alunos e profissionais do Ceada, na manhã de quinta-feira 12, para tratar da reestruturação daquele estabelecimento. A secretária de Educação adiantou que o governo se esforçará para estruturar a nova escola ainda no segundo semestre deste ano e considerou como ideal a implantação de polos em várias regiões da Capital e do interior.


Acompanhamento

Ainda na quinta-feira 12, foi formalizada a comissão permanente que acompanhará as adequações pertinentes às mudanças na educação especial – a transferência dos alunos para a rede pública e o processo de construção da escola bilíngue. A criação da comissão, formada por profissionais de educação, entidades ligadas à área e pais dos ex-alunos do Ceada, faz parte de uma pauta de reivindicações discutida pela comunidade na Secretaria de Estado de Educação (SED).

Para a coordenadora de Políticas de Educação Especial da SED, Adriana Buytendorp, a reformulação proposta pelo Estado é um grande avanço nas políticas de atendimento especial aos estudantes com deficiência auditiva. Ela explicou que os alunos atendidos pelo Ceada e agora realocados na rede estadual de ensino continuarão a receber atenção especial, incluindo apoio do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), que se integrou ao Ceada.

Fazem parte da comissão a secretária de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta; a coordenadora de Políticas de Educação Especial da SED, Adriana Buytendorp; Roberto Botareli, presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems); Lucílio Souza Nobre, presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP); Juliana Matos, procuradora da SED; deputado estadual Pedro Kemp; professores, técnicos e representantes dos pais dos alunos e do movimento pró-Ceada.