Entidade lançam frente em defesa das universidades públicas de Mato Grosso do Sul

12 mar, 2017 Adufms

Professores recebem homenagem em celebração ao centenário de Paulo Freire






Mariuza denuncia que corte orçamentario já compromete oferta de vagas na UFMS – Foto: Gerson Jara

A direção da ADUFMS-Sindicato participou na sexta-feira (02.12), no Plenarinho da Câmara dos Vereadores, do lançamento da Frente Estadual em Defesa das Universidade Estadual e Federais (UFMS, UFGD, UEMS ) e do IFMS. O evento organizado pela secção regional Centro-Oeste do ANDES – Sindicato Nacional, reuniu representantes de mais de 15 entidades que formaram uma coordenação e alinhavaram o documento denunciando o desmonte destas instituições por parte do Governo Federal e Estadual.

No evento, professores e professoras destas instituições avaliaram que os governos federal e estadual partem das premissas do Banco Mundial que tratam o ensino superior publico como despesa e não como investimento necessário ao desenvolvimento nacional, mascarando a transferência brutal de renda da União para o sistema financeiro privado e a politica milionária de isenção fiscal praticada pelo Governo Temer.






Marco do Aurélio do COUN-UFMS aponta manipulação midiática contra servidores – Gerson Jara

O corte do orçamento praticamente inviabiliza as instituições públicas em funcionamento em Mato Grosso do Sul, uma vez que os recursos destinados para 2017 e 2018 não suprem a demanda para atender o custeio anual das instituições.






Evento contou com a participação de estudantes, tecnicos(as) administrativos (as) e professores((as) -Gerson Jara

Além de paralisar o programa de expansão de vagas no ensino superior com o corte de verbas, o Governo Federal adota outras

medidas que apontam para a desmonte e privatização do segmento: aceleração do processo de terceirização, implantação do programa de demissão voluntária (PDV), redução drástica de verbas a pesquisa, a iniciação científica e a suspensão de programas de graduação e pós-graduação no exterior, como o Programa Sem Fronteira. Tais medidas obrigam as universidades a captarem financiamentos juntos as empresas privadas, desobrigando o Estado deste papel. Ao mesmo tempo quebra a indissolubilidade entre ensino, pesquisa e extensão e garante a reserva de mercado no segmento para os grandes grupos econômicos multinacionais que atuam na área educacional.

Na avaliação dos participantes, o Governo Temer, em parceria com o Governo Estadual, atua também na efetivação de propostas oriundas do movimento conservador Escola Sem Partido com ataques ao Plano Nacional de Educação, a Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDB), nas garantias de diversidade cultural, de gênero e espiritual. Desmonta o Conselho Nacional de Educação, fato que levou as entidades de caráter científico e educacional a não renovarem o pedido de credenciamento no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), fórum coletivo consultivo mais antigos do Ministério da Educação, cujo objetivo era avaliar as ferramentas e recursos pedagógicos adotados pela rede pública de ensino.

Entre as ações aprovadas pela recém-criada frente estão a organização de seminários e estudos que contraponham os ataques e campanhas de difamação encadeados pelo governos em combinação com aparato midiatico as universidades públicas, mobilizações conjuntas com a participação dos estudantes, pressão politica institucional sobre os(as) representantes politicos do Estado em defesa das instituições e do serviço publico.

Estiveram presentes no evento, a ADUFGD, SINAFESE (IFMS), ADUFMS, FETEMS, FETEMS, SISTA-UFMS, SISTA-UFGD, SINTEF-MS, Sind. TrabaDos Trabalhadores do Ministerio Publico de MS, DCE-UEMS, CUT, PT e PCdoB.

Fotos do evento

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