Grupo de docentes da UFMS aderem ao movimento de paralisação contra a reforma da Previdência no dia 15

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As trabalhadoras e os trabalhadores de Campo Grande foram às ruas para protestar contra a PEC 287/reforma da Previdência, na última quarta, dia 15 de março, Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência. Mesmo com paralisação total dos/as trabalhadores/as transporte coletivo, que também aderiram ao movimento, o ato reuniu mais de 10 mil pessoas.  A

ADUFMS-Sindicato,

em conjunto com as principais centrais sindicais e entidades de diversos ramos públicos e privados, participaram da atividade na capital com um grupo expressivo de professores/as, cumprindo deliberação aprovada em assembleia, no dia 14 de março, em Campo Grande e nos

campi

do interior. A mesma manifestação aconteceu nas cidades do interior, em parceria com professores/as da rede pública.

Os/as docentes da UFMS estiveram junto aos/às milhares de professores/as, estudantes, movimento sem terra, indígenas, servidores/as públicos e trabalhadores/as do ramo privado. Portavam faixas e cartazes pedindo “Fora Temer”, “Não à reforma da Previdência e a reforma trabalhista”. Denunciavam os parlamentares de Mato Grosso Sul favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016. Bonecos satirizaram o deputado federal Carlos Marun (PMDB), relator do projeto, e os/as deputados/as Eliseu Dionízio (PSD), Tereza Cristina (PSB), Waldemir Moka (PMDB), Henrique Mandetta (DEM), Pedro Chaves (PSD) e Simone Tebet (PMDB). A intenção do movimento organizado aqui no Estado é fazer com que estes parlamentares mudem de posicionamento até a votação da proposta.

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Depois da passeata, mais de 600 professores e militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acamparam em frente ao luxuoso condomínio Damha, no anel rodoviário da BR-163, onde reside Carlos Marun. No local, foram montados barracos de lona por tempo indeterminado.  Os manifestantes foram bem recepcionados por parte dos moradores, que também se posicionaram contrários à reforma.  Nesta quinta-feira, 16 de março, os participantes saíram em caminhada até a casa da deputada federal Tereza Cristina, que já admitiu mudar de posição em relação ao projeto. O mesmo pode acontecer com o senador Waldemir Moka.

A presidenta da

ADUFMS-Sindicato

, Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou – do caminhão do som que circulava pelas ruas centrais da cidades – que a reforma visa  somente atender os interesses dos bancos privados, aumentando a carteira de clientes para planos privados de aposentadoria e o financiamento permanente da especulação financeira utilizando a dívida pública.

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A dirigente criticou que a reforma põe fim na aposentadoria por tempo de serviço. Atinge duramente os docentes universitários que já ingressam no serviço público de forma tardia, em razão da exigência da titulação, acaba com a aposentadoria aos 25 anos de trabalho, amplia para mais 10 anos de contribuição para as mulheres, quebra a integralidade e paridade salarial, expande o tempo de serviço com novas regras transição e altera o cálculo atualmente feito sobre as maiores contribuições. “Os novos professores só poderão se aposentar com mais de 75 anos de trabalho com o sistema proposto”, alertou.

Para os docentes e as docentes que ainda não completaram a idade com tempo de contribuição pelas regras vigentes atualmente, será instituída a nova regra de transição, ampliando o tempo de serviço.  O cálculo será com base em 50% do valor final da carreira, mais 1% por de contribuição, o que impossibilita, na prática, que os/as servidores/as públicos consigam se aposentar com a integralidade dos salários fixado pelo teto máximo previsto pelo INSS, a menos que avancem sobre a idade limite. As novas regras atingem diretamente os docentes que ingressaram nos últimos 10 anos por concurso público.
(Fotos: Carol Caco/ADUFMS-Sindicato)

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Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato