MANIFESTANTES ‘ENTERRAM’ CORTE DE VERBAS E POLÍTICA DO ARROCHO


“A nossa luta é unificada!”



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‘Cortejo’ a caminho do ato no Calçadão da Barão, Centro de Campo Grande (Fotos: ADUFMS-Sindicato)

As réplicas de dois caixões fúnebres cobertos por faixas e bandeiras de protesto simbolizaram nesta quinta-feira 25 pela manhã a dura política econômica do governo federal e a precarização do serviço público decorrente das medidas de arrocho adotadas pela Presidência da República. Na tampa de um dos “ataúdes”, um clamor à equipe econômica do governo central: “Não ao corte de verbas”.

Outro caixão estava com a bandeira nacional. Todos e todas puseram suas faixas e bandeiras sobre os esquifes, em sinal de crítica à falta de atenção dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para com o serviço público. Os/as manifestantes cantaram o Hino Nacional. Entre eles e elas, professores/as, técnicos/as administrativos/as e alunos/as da UFMS. Os três segmentos estão em greve por tempo indeterminado.



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Passeata desce a avenida Afonso Pena, região central da Capital sul-mato-grossense

O protesto-enterro aconteceu durante ato realizado no Calçadão da Barão no centro de Campo Grande, com participação de trabalhadores, trabalhadoras, representantes de entidades do movimento sindical, estudantes e de outras pessoas que por ali passavam.

Com a atuação de entidades como o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso do Sul (Sindsep-MS), o Sindicato dos Professores das Universidades Federais Brasileiras dos Municípios de Campo Grande, Aquidauana, Bonito, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas, no Estado de Mato Grosso do Sul (ADUFMS-Sindicato), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no Estado de Mato Grosso do Sul (Sista-MS), e o Diretório Central das e dos Estudantes (DCE) da UFMS, a manifestação começou com uma concentração na Praça do Rádio Clube, o “velório” que expressava a difícil situação em que se encontram os trabalhadores e as trabalhadoras públicos/as em todos os níveis, entre eles o federal.



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Manifestantes percorrem a rua 14 de Julho, no Centro de Campo Grande

Caixões, faixas, cartazes e bandeiras a carregar, vestidos/a de preto em sua maioria, apitos e narizes de palhaço, os/as manifestantes desceram pela avenida Afonso Pena, percorreram uma quadra da rua 14 de Julho e chegaram ao calçadão da rua Barão do Rio Branco, onde terminou a passeata-cortejo, com pronunciamentos de manifestantes que exigiram dos governos municipal, estadual e federal mais respeito ao serviço público. Afinal, como bem disse a vice-presidenta da ADUFMS-Sindicato, professora Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, o serviço público não são apenas prédios, mas, acima de tudo, gente, pessoas, em resumo, trabalhadores e trabalhadoras que atendem as demandas da sociedade por educação, saúde, justiça…, uma emaranhado de ações e funções. Por tudo isso, Mariuza, docente da UFMS, uma servidora pública, pronunciou: “Precisamos de melhores condições de trabalho. Pedimos apoio da população à nossa luta [a luta dos/das servidores/as públicos/as]”.

O presidente da ADUFMS-Sindicato, professor José Carlos da Silva, deixou claro que o protesto não foi somente em defesa específica do/da funcionário/a público/a. “Nós estamos lutando pela sociedade”.  Na multidão, outra voz: “A nossa luta é unificada!”



Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato