Marco Aurélio: "Há negação da relação institucional que sempre existiu na UFMS"No encontro virtual ocorreram denúncias de prejuízos a promoções e progressões previstas no plano de cargos e carreiras
⇶ A 3ª PLENÁRIA VIRTUAL da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional, ocorrida na quinta-feira 28/05, aprovou adesão à campanha nacional pelo impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O resultado será encaminhado à reunião do setor das instituições federais de ensino superior (Ifes) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN).
O engajamento pró-impedimento do atual presidente já foi abraçado pelo ANDES-SN. Mais de quatrocentas entidades e sete partidos políticos protocolizaram abaixo-assinado com o pedido na Câmara dos Deputados na quinta-feira 21 de maio.
Na webplenária foram apresentados os andamentos dos três grupos de trabalhos criados a partir da primeira e da segunda plenária online. O Grupo de Trabalho de Ensino a Distância apresentou nota técnica contendo as linhas gerais de documento básico sobre as aulas programadas/remotas, determinadas pela administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
O documento será compartilhado entre as/os filiadas/os e enviado ao Comitê Operativo de Emergência (COE). A instância é a única com possibilidade de diálogo com a reitoria, visto que o pedido de participação das entidades sindicais da UFMS no COE foi rejeitado pela administração da Universidade.
A postura autocrática da administração central da UFMS foi criticada na 3ª Plenária Virtual pelo presidente da ADUFMS Seção Sindical, Marco Aurélio Stefanes. “Convidam as atléticas para as instâncias de discussão, sem respeito aos centros acadêmicos. Há a negação da relação institucional que sempre existiu na UFMS”, comentou.
O grupo de trabalho da greve apresentou pontos norteadores de produção. A nomenclatura adotada é Grupo de Trabalho de Mobilização para a Construção da Greve Geral. Entre as atividades propostas está a realização de uma rave de 24 horas em junho.
A programação deverá constar de discussões da carreira docente, ensino, pesquisa e extensão, novo coronavírus, qualidade de ensino e atividades culturais. Sugeriram lives temáticas semanais nos meses de junho e julho, uma manifestação virtual nos moldes de holograma em junho e manifestação presencial em agosto, caso o quadro da pandemia se amenize.
Na mesma linha, o grupo de trabalho sobre eleição apresentou as diretrizes que deverão constar no documento a ser entregue às/aos candidatas/os ao cargo de reitor da UFMS. Preveem-se pontos como democratização da gestão, realização de estatuinte, paridade na consulta com peso de 33,33% para cada segmento, resgate e democratização dos conselhos superiores, transparência na aplicação de recursos, planejamento da aplicação dos recursos e prestação de contas a partir do planejamento financeiro, infraestrutura e planejamento de demandas a curto, médio e longo prazos, trabalho docente, contendo sistemas de controle, carga horária, qualificação e atualização docente, saúde e prevenção laboral.
Sobre a consulta na UFMS, as/os participantes da plenária comentaram sobre os problemas advindos da deflagração de processo de escolha para lista tríplice a partir da Medida Provisória (MP) 914/2019, cujo prazo para votação expira em junho.
Na plenária houve denúncias sobre prejuízos a promoções e progressões previstas no plano de cargos e carreiras. Uma docente da UFMS de Três Lagoas recebeu a titulação de doutora, mas o pedido de promoção não foi aceito sob a alegação de lei federal que impede o aumento de despesas.
Sob a medida, Marco Aurélio Stefanes esclareceu que a lei ainda não foi aprovada e não pode ser aplicada sem a respectiva promulgação e, caso as/os servidoras/es tenham promoções e progressões, bem como vantagens cortadas, deverão procurar a Assessoria Jurídica da Seção Sindical.
29-05-2020
Assessoria de Imprensa da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional
