Presidenta da ADUFMS participa de ato de solidariedade a reabertura a reabertura do Leducampo e a 15 professores do curso






Mariuza contesta presença intimidatória da Polícia Militar no campus da UFMS. Alegou que competência é da Policia Federal – Crédito Leducampo

Em solidariedade aos estudantes do curso de Licenciatura do Campo – Leducampo e Magistério Indígena e de 15 professores concursados para ministrarem aulas nas duas graduações, a presidenta da ADUFMS, Mariuza Guimarães, contestou a presença da Polícia Militar (PM) de Mato Grosso do Sul, em ato ocorrido na sexta-feira (20.04), em frente ao portão acesso à reitoria da UFMS. A dirigente também criticou a abertura da Delegacia Civil Virtual no campus, próxima à reitoria, na sua visão também uma forma de intimidar os estudantes.

Para a dirigente sindical docente, a presença da Polícia Militar, mesmo que autorizada pela reitoria, é uma forma de cercear o direito constitucional da livre manifestação. Enfraquece também o Art. 207 da Constituição Federal que diz que as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial. “O protesto foi pacífico, não houveram atos de violência, apenas fecharam o portão temporariamente para forçar o reitor a receber uma comissão de estudantes, sendo, portanto, desnecessária a presença de camburões e escoltas da PM”.

Outra forma de intimidação denunciada pela presidenta da ADUFMS é a presença do assessor de imprensa da reitoria nos atos organizados pelos estudantes e professores. As filmagens realizadas pelo jornalista vêm assumindo o caráter intimidatório, com infiltrações sem permissão em reuniões de estudantes, professores e atividades internas na sede da ADUFMS-Sindicato.

A manifestação dos estudantes do Leducampo teve como objetivo fazer com que a UFMS reabra o vestibular para novas turmas. No ato, Mariuza reafirmou que o curso está estruturado, conta com 15 professores concursados, com mestrado e doutorado e não tem sentido a sua suspensão. Reclamou também que o mesmo tratamento vem ocorrendo em outras universidades, o que pode ser uma política deliberada do Ministério da Educação (MEC).

A situação do curso foi pauta da direção da ADUFMS com a administração da UFMS, em dezembro do ano passado. O diretor José Roberto Rodrigues de Oliveira, 1º secretário da entidade e coordenador do curso Leducampo, pediu a continuidade do oferecimento do curso presencial nos vestibulares, a melhoria urgente das instalações do alojamento no Estádio Morenão, na época insalubre devido a umidade. Esclareceu sobre a dificuldade de deslocamento dos estudantes da zona rural até Campo Grande, sem a doação da passagem pela instituição e o fechamento do Restaurante Universitário nos fins de semana, dias em ocorrem as aulas. Em razão do último problema, os estudantes usaram como paliativo a cozinha e as instalações da ADUFMS para fazer as refeições.

Na reunião de fim de ano com a ADUFMS, o reitor da UFMS apresentou como alternativa o oferecimento do curso na modalidade à distância.  Alegou que o custo/aluno no Leducampo devido ao deslocamento, estada e alimentação era maior que no curso de Medicina. Propôs como alternativa que cada professor hospedasse um aluno. José Roberto esclareceu que o oferecimento do curso à distância comprometia a qualidade do curso e a proposta pedagógica de vivência, troca de experiência e alternância pedagógica. Além disso, os estudantes não dispunham de equipamentos e acesso à internet na zona rural.  Adiantou ainda custo/aluno do Leducampo já havia entrado na matriz orçamentária do MEC e os recursos repassados para a UFMS.

Já no vestibular de 2018 e no Sisu não houve oferecimento de vagas para o Leducampo e Licenciatura Indígena

Assessoria de imprensa da AL