Professoras enaltecem curso na Alemanha e na Áustria

Sonho de muita gente, a participação em curso no exterior foi realidade, no ano passado, para três professoras do Sul do Brasil. Durante cinco semanas, Nádia Maria França Friebe, Ranice Dulce Trapp e Patrícia Meinerz participaram de aulas de língua alemã, cultura, metodologia e didática na Alemanha e na Áustria.

As três fazem parte do grupo de 22 professores de escolas públicas selecionados para a primeira edição do Programa de Desenvolvimento Profissional de Professores da Língua Alemã (PDPA). Desenvolvido em parceria entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o programa prevê quatro semanas de aulas no Herder-Institut, da Universidade de Leipzig, Alemanha, e uma semana no Ministério da Educação da Áustria, em Viena.

“Foi gratificante participar do programa”, diz Nádia Maria. “Recomendo a outros professores que participem e, assim, colaborem para um Brasil melhor, desenvolvido, globalizado.” Segundo a professora, o programa contribuiu para melhorar o desempenho profissional em sala de aula, com aulas dinâmicas e retorno no aprendizado dos estudantes. “Percebi que os alunos ganharam motivação”, afirma. “Alguns deles obtiveram, com sucesso, aprovação para participar do Programa Ciência sem Fronteiras.”

De acordo com Nádia Maria, a experiência contribuiu para o aprofundamento dos conhecimentos do idioma e de novas metodologias de ensino. Professora de alemão no Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, há nove anos, ela tem graduação em letras (português–alemão) e pós-graduação em ensino de língua estrangeira.


(image) Cultura

— A catarinense Ranice Trapp, da Escola Básica Municipal Dr. Amadeu da Luz, do município de Pomerode, garante que a experiência proporcionou contato direto e continuado com a língua alemã e mais conhecimentos sobre a cultura e o modo de viver das populações das regiões visitadas. “Aprendi conteúdos da cultura que uso diariamente com meus alunos”, destaca. Para a professora, a vivência em um país que fala a língua que ela ensina é fundamental. “Posso melhorar e ampliar meus conhecimentos”, justifica.

Ranice dá aulas de alemão a turmas da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. Com graduação em letras (português–alemão) e em pedagogia, ela tem especialização em ludopedagogia e em teoria e prática para professores de língua alemã.


Valorização

— Na visão de Patrícia Meinerz, professora no município gaúcho de Westfália, o profissional que tem segurança nos conhecimentos que transmite é mais valorizado, tanto pelos alunos quanto pelos demais educadores. “Recomendo que outros professores participem do programa, pois a experiência adquirida transforma uma pessoa”, avalia.

(image) Patrícia revela que conheceu novas dinâmicas de ensino e recebeu sugestões de livros e material a serem usados com alunos de diferentes idades. “Quando voltei ao Brasil, trouxe não somente muitos livros, mas uma bagagem de conhecimento e novas perspectivas de vida e de trabalho”, enfatiza.

Durante o curso no exterior, os professores brasileiros tiveram a oportunidade de visitar escolas e conhecer outras realidades educacionais. Também foram a museus e a outros pontos turísticos. “Ensinar uma língua estrangeira é também transmitir a cultura dos países”, diz Patrícia. Graduada em letras (português–alemão), ela leciona a língua alemã em várias escolas, em turmas que incluem do jardim de infância ao terceiro ano do ensino médio. Também dá aulas particulares e em cursos de idiomas.


Jornal do Professor