Redecomep integra universidades e expande o desenvolvimento científico na Amazônia

Integrar universidades e institutos de pesquisa, estimular o intercâmbio de informações entre essas instituições e expandir o desenvolvimento científico na Amazônia são alguns dos benefícios que a

Rede Comunitária de Educação e Pesquisa (Redecomep)

trará à região, com a inauguração, nesta quinta-feira (6), de quatro centros do programa nos municípios paraenses de Santarém, Castanhal, Marabá e Altamira.

A Redecomep conectará 15 diferentes órgãos nessas quatro cidades, além da capital, Belém. A conexão em Santarém, Castanhal, Marabá e Altamira será de 1Gb/s, velocidade 1.024 vezes maior que a utilizada atualmente (1Mb/s) pelas instituições de pesquisa. Isso garante agilidade em algumas atividades cada vez mais importantes, como transmissão imagens em alta resolução, computação em grade, operação remota de sistemas, videoconferência, telefonia IP, acesso a bibliotecas digitais, bases de conhecimento compartilhadas, entre outras.

Os quatro centros estarão conectados entre si e com a Rede Metropolitana de Belém (MetroBel) pelo Navegapará, programa de inclusão digital do governo do estado. As novas redes integram a segunda fase da Redecomep, que visa à criação de redes de alta velocidade para colaboração entre instituições de pesquisa em cidades do interior do país.

(image) Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, o desenvolvimento da ciência propicia um melhor aproveitamento da riqueza ambiental da Amazônia. “As instituições de ciência e tecnologia, as universidades e os institutos de pesquisa têm uma grande contribuição a dar. Eles poderão, através dessa rede, incluir muitos mais pensadores nesse esforço que está se desenvolvendo aqui”.

Na avaliação do reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Carlos Maneschy, esse é um momento “importante” pelo caráter estratégico que o desenvolvimento da região apresenta. “Não se trata apenas de uma conexão estável com maior celeridade, o que por si já é importante, mas enseja a inclusão social que ela promove. Em um mundo onde cada vez conectado, o acesso à informação é decisivo para as pessoas serem incluídas nesse processo”.

Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia do Pará, Claudio Ribeiro, a nova estrutura beneficiará a troca de informações entre os pesquisadores para avançar com seus estudos. “Isso é um beneficio muito grande. Nós estamos vivendo a era do conhecimento que cada vez mais é um processo de construção coletiva. Então, os pesquisadores, que estão nessas regiões interligadas, vão poder estar o tempo todo trocando informações. Isso certamente vai avançar com as pesquisas e com o conhecimento em geral”, garantiu.


Investimentos

Para a implantação das novas redes no Pará foram investidos R$ 2,4 milhões em aproximadamente 120 quilômetros de rede óptica. “Se todas as instituições continuassem pagando por mais tempo pela banda que possuíam, de no máximo 1Mb/s, elas investiriam a mesma quantidade de recursos em cinco anos”, exemplificou o diretor geral da RNP, Nelson Simões.

De acordo com o governador em exercício do Pará, Márcio Miranda, a parceria permite “algo inovador”, que é chegar a cidades distantes uma da outra. “A cooperação com a Redecomep dá a essas cidades um novo fôlego, uma nova condição que tem ali um campo de conhecimento e pesquisa e estudo de relações”, falou.


Redecomep

A Rede Comunitária de Educação e Pesquisa (Redecomep) é um programa conjunto do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), operada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

É voltada para integrar as instituições de pesquisa e educação superior, através de uma infraestrutura de comunicação de dados dedicada. Essas redes são cabos de fibra óptica que permitem os pontos interligados ter acesso a velocidade de múltiplos gigabits.

Atualmente, tem pontos instalados em 41 cidades brasileiras. Para 2014, estão previstos investimentos em Porto Velho e nos municípios de Pelotas (RS), Uberlândia, Uberaba e Itajubá, em Minas Gerais.


Escola Superior de Redes

Na ocasião também foi inaugurada a nova unidade da Escola Superior de Redes (ESR) que será no Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) da UFPA. Em Belém, o primeiro curso será Planejamento e Gestão Estratégica de TI. As aulas irão de 24 a 26 deste mês para 20 alunos. A expectativa é capacitar mais de 200 pessoas até o final do ano nos diferentes cursos de tecnologia que serão disponibilizados.

Referência em capacitação de técnicos e gestores de tecnologias da informação e comunicação (TICs) dos setores corporativos público e privado, desde 2005, as ESRs já capacitaram cerca de 10 mil alunos. As demais unidades estão localizadas em Brasília, Cuiabá, João Pessoa, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador.


Assessoria de Comunicação do MCTI