Representante docente no COUN alerta para aprofundamento do quadro recessivo do País e dificuldades para o serviço público


Marco aurelio



Marco Aurélio apresenta balanço do conjuntura política e os desafios para a carreira dos servidores públicos.

O dirigente da ADUFMS-Sindicato, Fábio Viduani e o representante dos docentes no Conselho Universitário – COUN, Marco Aurélio Stefanes, estiveram reunidos, na  sexta-feira (14.07) com um grupo de professores do Centro Universitário de Chapadão do Sul – CPCS.

Os docentes foram recebidos pelo representante sindical da ADUFMS-Sindicato, Octávio Barbosa Plaster e pelo diretor eleito do campus, Kleber Gaustaldi, que deram boas-vindas aos docentes de Campo Grande. Agradeceram à disposição pelo deslocamento e a disposição de diálogo com a categoria.

O prof. Marco Aurélio faz apresentação dos aspectos orçamentários do Governo Federal e a sua incidência sobre os direitos e os salários dos servidores públicos. Pontou que os cortes de receita adotado pelo Governo Temer estão superados até mesmo com base nas recomendações do próprio Fundo Monetário Internacional e vão aprofundar o quadro recessivo, pois causará a redução de investimento do PIB em relação aos gastos públicos. Entre os problemas geradores do déficit público, o docente apresentou a taxas de juros da Selic em torno de 7% a 8 %, uma das maiores do mundo.

Ponderou que atualmente 8% do PIB são gastos com a Previdência.  Este valor é inferior a países da Europa como Alemanha e a Itália. Cita que no Chile que o percentual é menor, mas a média de aposentadoria recebida é de cerca de US$ 200. Esta situação vem gerando protesto deste segmento no país, com o aumento de pessoas idosas em situação de mendicância.

Stefanes afirmou que não existe déficit na Previdência. Mesmo com a crise, o sistema apresenta saldo positivo.  Admitiu que o crescimento da taxa de envelhecimento tem impacto nas contas da Previdência, mas adiantou que já vinham que os Governos Lula e Dilma vinha fazendo minas reformas de forma a proteger o equilíbrio de caixa da Previdência.

fabio gastaldi



Diretor do campus de Chapadão do Sul, Kleber Gaustaldi, saúda dirigentes da ADUFMS pela visita aos docentes

Sobre a recomendação de adesão ao Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe – salientou que se trata de um investimento de risco e que cabe ao docente avaliar outras alternativas de complementação da aposentadoria. Cita como experiência negativa o rombo do Fundo Postalis, dos Correios e Telégrafos, cujo a diferença negativa por investimentos mal feito pela diretoria vem sendo pago por todos os conveniados.  Outro fator é a ingerência política, destacando o caso do Paraná, onde Governador Beto Richa (PSDB) se apropriou do dinheiro do fundo dos servidores do Estado para saldar salários da categoria.

Na visão do docente, as mudanças propostas pelo Governo têm como objetivo abrir o mercado para o sistema de previdência dos bancos privados. Apresentou um leque de medidas que na visão da Associação Nacional dos Fiscais da Receita Federal do Brasil – Anfip e do  Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Sócioeconômicos – Dieese – reforçariam o caixa da Previdência: as receitas repassadas integralmente para o sistema público; fim da apropriação das receitas da Previdência pela DRU (Desvinculação das Receitas da União) e cobrança sobre os grandes devedores, principalmente bancos e prefeituras.

Para Stefanes tem que haver o equilíbrio entre as taxas de juros e o crescimento. Deduz que não dá para o País conviver com a taxa de juros de 7% por cento e a taxa de crescimento de 3 por cento. Alertou também para medidas como o aprofundamento da terceirização, contratação de trabalho intermitente e outras medidas que prejudicam o servidor público, colocado pelo sistema mediático como “classe privilegiada”.

otavio


Representante da ADUFMS-Sindicato em Chapadão, Gustavo Plaster,  articulou reunião com os docentes