Terceirizadas/os da UFMS param por atraso de salário. Estudantes se solidarizam com o movimento



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Trabalhadoras/os paralisadas/os exigem que empresa pague salários atrasados

(fotos: Arnor Ribeiro/ADUFMS-Sindicato).

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Trabalhadoras e trabalhadores terceirizadas/os da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na Cidade Universitária em Campo Grande, protestaram nesta sexta-feira 17 pela manhã contra o atraso dos salários de maio. A Douraser, empresa contratada pela administração da UFMS, deveria ter pagado as/os profissionais até o quinto dia útil de junho. Estudantes participaram da manifestação em solidariedade e apoio à paralisação pelo não-pagamento das pessoas que atuam em atividades que englobam, principalmente, limpeza de salas de aula, de banheiros, de corredores e de outros setores da UFMS na Capital sul-mato-grossense.



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Terceirizadas da UFMS: “Não é emprego! Isso é trabalho escravo”

No estacionamento em frente aos prédios da reitoria e das pró-reitorias, as/os trabalhadoras/es e as/os acadêmicas/os se reuniram para discutir a situação crítica provocada pela terceirização, que acarreta desrespeito aos direitos fundamentais das/dos trabalhadoras/es. “Cadê, cadê o pagamento? Quero meu dinheiro pra comprar alimento!”, protestavam as/os terceirizados/as.

As/os manifestantes saíram em passeata pelo

campus

da UFMS em Campo Grande. Manifestaram na unidade 6, conhecida como

shopping

, seguiram pelos corredores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS), do antigo Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET), pela Faculdade de Computação (Facom) e pelo Complexo Multiúso. Retornaram pelo CCHS e pelo CCBS. Protestaram em frente à Biblioteca Central. Terminaram o protesto com atos em frente aos prédios da reitoria e das pró-reitorias. Em seguida, realizaram assembleia.



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Manifestantes percorreram vários setores da UFMS em Campo Grande

O atraso dos salários de mais de cem responsáveis por manter a universidade funcionando em condições adequadas às atividades de alunas/os, docentes e técnicas/os administrativas/os é mais uma consequência nefasta da precarização provocada pela terceirização. “Não é emprego! Isso é trabalho escravo”, bradavam as/os trabalhadoras/es e as/os alunas/os. Em meio às frases e às faixas de resistência, reivindicação e solidariedade, indigna-se uma trabalhadora terceirizada: “Tem mãe que não tem o que comer em casa. Deixa de comer para comprar o leite do filho!” Para que ela não corra, ainda mais, o risco de retaliação por parte da empresa que presta serviço à UFMS, não divulgamos seu nome.

De acordo com a direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de MS (Steac-MS), a administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul pagou a Douraser no dia 3 de junho. O presidente do Steac-MS, Wilson Gomes da Costa, disse que a empresa usou o dinheiro que seria para as/os trabalhadoras/es terceirizadas/os que prestam serviços à UFMS em Campo Grande para pagar salários de outras/os terceirizadas/os que atuam no

campus

da Universidade em Três Lagoas. “A pressão tem que ser feita! Ela é válida!”, alertou o sindicalista.

Costa explicou que o setor jurídico do Steac-MS está tomando providências para garantir o direto de as/os trabalhadoras/es terceirizadas/os manterem-se parados. No estacionamento da reitoria e das pró-reitorias, os/as profissionais paralisadas/as decidiram pela transformação da paralisação em greve por tempo indeterminado. “Não vamos voltar enquanto não receber os salários”, deixou claro o presidente do sindicato da categoria. Porque, como disseram as/os terceirizadas/os, “trabalhador/a não é otário/a! Cadê meu salário?”



Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato