Adufms presente nos eventos do Andes-SN em protesto ao contigenciamento de recursos e o não cumprimento dos acordos de greve

A Adufms participou, na última quarta-feira (11), da Plenária Nacional da Educação, realizada em Brasília (DF) e transmitida também de forma online. A entidade foi representada pelo secretário-geral, professor Jorge Luís D’Ávila, que acompanhou os debates ao lado de outras organizações da área, como ANDES-SN, Sinasefe, Fenet, Ubes e Fasubra.

A plenária reuniu docentes, estudantes e técnicos de diversas partes do país para discutir os desafios atuais da educação pública federal. Entre os temas abordados estiveram a cobrança pelo cumprimento dos acordos firmados com o governo federal em 2024, no contexto da última greve da Educação, e a urgência na recomposição do orçamento das universidades, institutos federais e Cefets, ainda insuficiente para garantir o pleno funcionamento dessas instituições.

Outro ponto que gerou preocupação foi a possível retomada da proposta de reforma administrativa, vista como uma ameaça à estrutura dos serviços públicos, especialmente nas áreas de educação e saúde.

Os participantes destacaram a importância de reforçar a unidade entre as entidades do setor e de ampliar o diálogo com o Congresso Nacional e o governo, para assegurar avanços concretos na valorização da educação pública e de seus profissionais

Segundo Jorge Luís, “no dia 12 tivemos dois momentos, de manhã foi protocolado, juntamente ao MEC, o cumprimento das pautas que a greve de 2024 estabeleceu, sendo que, há 1 ano o governo tem deixado de cumprir com todos os pontos da negociação. O Andes-SN também protocolou alguns ofícios, juntamente da organização do ato, para pressionar o governo a cumprir com o acordo de greve”. 

Ainda sobre o dia 12, ele explica um pouco sobre o que foi debatido na mesa de negociação com o governo. “No período da tarde houve uma mesa de negociações, composta pelos docentes e outras categorias do funcionalismo público federal com o governo. O objetivo era discutir a mesma pauta que já havia sido feita na última mesa. O resultado da reunião foi a não discussão da pauta e o informe do governo de que a AGU havia criado um GT para estabelecer diretrizes para a reforma administrativa. Ficamos sabendo também que, em vista do GT criado pela AGU, o Congresso, por parte de Hugo Mota, também se antecipou e criou seu GT da reforma administrativa, colocando o deputado Zé Trovão como coordenador, um dos articuladores do governo Bolsonaro” declarou o secretário geral. 

Ainda segundo as informações dadas por D’ávila, o GT criado pelo Congresso propôs uma audiência pública no próximo dia 16 com os sindicatos, da qual o Andes-SN e os representantes das seções sindicais presentes participarão para fazer um contraponto à reforma. 

Reunião do setor das IFES ocorreu nesta sexta-feira (13 de junho)

A reunião do setor das IFES começou às 09h00 desta sexta-feira e estendeu até às 18h00. As pautas discutidas durante a reunião foram os saldos da Mesa Setorial (MEC) e da Mesa Central de Negociações, os pontos pendentes do acordo de greve, o auxílio tranporte, o orçamento e a reforma administrativa. 

Jorge também esteve presente e pontuou que, no sentido do orçamento das universidades, no que diz respeito ao contingenciamento de gastos, os membros presentes na reunião pautaram que é de extrema importância uma aproximação com os estudantes e suas entidades representativas, a articulação com os técnicos, pressionar a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e continuar fazendo mobilizações locais para informar a comunidade a respeito do orçamento das universidades, que vêm sendo diminuído. Além de informar a todos também que grande parte do financiamento da educação superior está sendo feita por meio de emendas parlamentares. 

Em relação à greve, ele explica que foi pautado de haver uma assembléia para verificar a possibilidade de organizar uma paralisação no dia 26/07 junto com outras entidades de classe, como por exemplo, o Sista, para chamar atenção ao não cumprimento dos termos do acordo de greve, firmados no dia 27 de junho de 2024.