
A 87ª Reunião Ordinária do Conselho de Graduação ocorreu na manhã de hoje (24 de junho), de forma online, transmitida pelo YouTube. Durante a reunião, foram discutidas e votadas diversas propostas, incluindo o encaminhamento da criação de cinco novos cursos em determinados campus, a mudança de algumas adequações textuais, técnicas e operacionais; a proposição de consolidação dos programas especiais de ingresso nos cursos de graduação da UFMS e, principalmente, os encaminhamentos relativos ao UFMS em Ação.
A professora Fernanda Malinosky, diretora de Pesquisa e Inovação Pedagógica da UFMS, explicitou a proposta de atualização da Resolução 430/2021, que trata de modificações nos artigos 7º e 13º relativos à alteração de 17 para 15 semanas de duração do semestre letivo para serem apreciadas pelo Cograd.
Apesar das justificativas, alguns professores demonstraram certa insegurança quanto à diminuição das semanas. Isso tanto por entenderem que, talvez, sem um planejamento bem estruturado com a coordenação, a redução poderia, na verdade, afastar os alunos; quanto por compreenderem que as mudanças implicariam bastante na estrutura curricular dos cursos de licenciatura.
O professor Michel Gustavo Fontes, do curso de Letras, do Campus de Três Lagoas (CPTL), que inclusive foi membro da comissão de suporte ao UFMS em Ação, expôs suas inseguranças quanto à decisão. “A gente manteve uma estrutura bastante ajustada a esta carga horária e, trabalhando com disciplinas de 34h, 68h, 51h e 85h, foi difícil encaixar todas as necessárias para atingir 3200 horas em apenas 4 anos. Então, fico pensando que, se começássemos a trabalhar com disciplinas de 30 e 60 horas com 15 semanas, como ficariam essas 3200 horas? Há uma perspectiva da Prograd em relação a isso?”, indagou.
A professora Raquel, da Faculdade de Educação, demonstrou preocupação em relação às disciplinas pedagógicas ofertadas pela faculdade , que atualmente possuem uma carga horária de 58h e passariam para 45h.
O professor Sidiclei Formagini, da Faculdade de Engenharia, também expôs preocupações quanto à adequação das matérias ao número de semanas. “Já existem muitas disciplinas mais densas que estão com a carga horária enxuta, de forma que impossibilita a abordagem completa do assunto. A preocupação é que reduzir as semanas possa acabar complicando ainda mais o conteúdo, prejudicando a formação do acadêmico.”
Sobre todas as inseguranças, o professor Cristiano Costa, pró-reitor de graduação, argumentou que a Prograd tem feito a simulação com vários coordenadores, visando entender o que é possível ou impossível de ser feito.
Na visão do professor José Roberto, presidente da Adufms, a carga horária importa. Na sua visão, quando se diz respeito aos cursos que a maioria da classe trabalhadora frequenta, no período noturno, por exemplo, 2 dias importam. Geralmente, aulas nestes dias, são os únicos contatos com a vida universitária (estudo sistematizado)
Após discussões, a proposta de alteração das semanas letivas do semestre foi aprovada com 22 votos.