QUEM PAGA O PREÇO DO RETORNO PRECOCE ÀS AULAS PRESENCIAIS? QUEM SE BENEFICIA?

De acordo com o Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia) publicado nesta quarta-feira (24), Campo Grande saiu da bandeira laranja e está atualmente na bandeira vermelha de contágio do novo coronavírus, ao lado de outros 30 municípios.

Enquanto isso, segundo boletim da Pró-reitoria, a possibilidade de retorno às aulas presenciais (ou híbridas) na UFMS continua previsto para o dia 15 de março, mesmo sem nenhuma perspectiva de vacinação para professores, alunos e técnicos da instituição. 19, onde as atividades escolares foram reabertas,

A ADUFMS está lutando contra mais essa decisão arbitrária da atual gestão da Universidade, tomada sem a devida consulta à comunidade acadêmica. “Por esta razão decidimos realizar uma consulta nossa, uma enquete simples, que o professor pode responder em um minuto”, explica Marco Aurélio Stefanes, presidente da ADUFMS. 

“Queremos saber se o(a) professor(a) espontaneamente concorda em se expor à esta condição.Considerando que há cada vez mais trabalhadoras e trabalhadores da educação entre as vítimas do COVID-19, a pandemia no país está longe do controle e não temos vacina para a grande maioria”, ressalta. Para Stefanes, o retorno pode significar um grande risco de contágio e até morte, não só para os  professores e técnicos, como para os estudantes. 

De acordo com o professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e membro do REPU (Rede Escola Pública e Universidade) Fernando Cássio, a comunidade escolar em isolamento significa que quase 30% da população está protegida. Segundo ele, o que está por trás da pressão pela volta às aulas presenciais nas escolas e universidades é na verdade o interesse pelo retorno da economia. “A população está na realidade abandonada pelo Estado, que não produziu condições para o retorno seguro às aulas presenciais e passou para as pessoas a responsabilidade. Mas as escolas e universidades não estão preparadas.”, alerta.

Para o presidente da ADUFMS, a grande questão que fica é “quem lucra ou ganha com o retorno precoce e insalubre das aulas presenciais, mesmo com tantos dados científicos apontando o contrário e indicando perigo? E quem de fato vai arriscar-se no dia a dia, não apenas sua própria vida, mas de sua família e entes queridos?”, alerta.

Confira abaixo uma seleção de notícias sobre casos de surtos de COVID-19 após o retorno às aulas presenciais no Brasil e no mundo:___________________________

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