O Fórum Vacina para Todos, constituído por cinquenta entidades de classe e movimentos sociais, entre eles a ADUFMS (Associação dos Docentes da UFMS) têm se articulado nas mais diversas frentes junto às autoridades governamentais com o objetivo de lutar pela vacinação imediata, gratuita e para toda a população de MS contra a Covid-19, considerando que empresas privadas já começaram a movimentação para a compra de vacinas, mercantilizando o que é um direito de todo cidadão e prejudicando a distribuição pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).
“O que defendemos é a vacinação pelo SUS como deve ser, para todos e todas, sem distinção, corrupção ou “fura filas”, alerta o presidente da ADUFMS, Professor Marco Aurélio Stefanes.
Nesta terça-feira, dia 02, Stefanes esteve na Rádio Atalaia FM juntamente com a Professora Arminda Rezende Del Corona, falando sobre as ações do Fórum: “É um exercício de controle social da sociedade organizada, pois não podemos ver a "banda passar" O momento requer vigilância e acompanhamento pela sociedade civil deste processo de vacinação, uma vez que somente a vacina é capaz de controlar a disseminação do Covid-19.”, pontuou a professora, membro do corpo docente do INISA (Instituto Integrado de Saúde) da UFMS, enfatizando que o Fórum irá utilizar de todos meios sociais para chamar a sociedade para confiar na ciência, “que aponta as medidas de distanciamento social e a vacina como nossas grandes armas contra esse inimigo invisível aos nossos olhos””.
Na terça à tarde, representantes do Fórum se encontraram com o MPE (Ministério Público Estadual). De acordo com o presidente do Sindjor, Walter Gonçalves Filho, o Fórum repassou ao MPE algumas denúncias e principais demandas. “Falamos também sobre a questão da segunda dose, que ainda não está garantida, o que é mais do que preocupante; sobre a denúncia de que os idosos quilombolas não estão tendo como receber as vacinas; o representante do Coletivo Terra Vermelha, Marco Aurélio Lúcio trouxe a questão da vacinação para os indígenas das aldeias urbanas; e solicitamos também a ampliação da comunicação nas unidades de saúde e redes sociais pedindo que a população denuncie os “fura filas”, com indicação de telefones, tudo para facilitar esse processo; entre outras demandas.”, contou Gonçalves Filho.
O MPE por sua vez, solicitou ao Fórum que oficializasse as demandas em um documento e entregasse ao Ministério.
Hoje, às 17h, o Fórum se encontrará com MPF (Ministério Público Federal), e já foi solicitada uma reunião com o Secretário de Saúde de Campo Grande.