Há caso de estudante que tem de ir à papelaria para digitar trabalhos, colocando em risco a saúde pessoal e da família, em função de cobranças por atividades virtuais
⇶ NO DIA 15 DE ABRIL, a ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional protocolou representação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo suspensão das atividades programadas e do calendário acadêmico da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
A mesma reação vem acontecendo em relação a algumas entidades estudantis e instâncias de representação docente. O Diretório Setorial dos Estudantes do Câmpus de Três Lagoas encaminhou à ADUFMS ofício do Conselho do CPTL, subscrito pelos centros acadêmicos e a Seção Sindical docente, no qual reivindica reposições de aulas práticas; reposições de aulas teóricas e realização de avaliações somente após o retorno às aulas presenciais e o envio prévio do planejamento de atividades.
O pedido de ambos os segmentos tem como fundamentação as medidas implementadas pela UFMS no combate à covid-19.
No ofício, docentes e estudantes questionam o grau de aproveitamento do conteúdo ministrado por meio de atividades a distância. Para as representações, o modelo adotado pela UFMS é uma forma de mascarar as aulas que deveriam ser oferecidas presencialmente.
Há caso, por exemplo, de estudante que tem de ir à papelaria para digitar trabalhos, colocando em risco a saúde pessoal e da família, em função de cobranças por atividades virtuais.
Diversas/os alunas/os residem em pequenos municípios, na zona rural, assentamentos e aldeias. Não disponibilizam de wi-fi quanto mais de internet via cabo, menos ainda acesso por smartphone, o que é praticamente impossível pela baixa qualidade de transmissão da rede móvel.
As críticas às atividades remotas acontecem por meio de grupos de WattsApp e Facebook. Na página Segredos UFMS, com 34.691 seguidoras/es, diversos pôsteres vêm satirizando a qualidade de ensino e o baixo nível de interatividade oferecidos a distância.
Nos links de compartilhamento de matérias produzidas pela ADUFMS, contrárias às atividades realizadas remotamente e à manutenção do calendário acadêmico, vários comentários questionam a forma pela qual acontece a relação pedagógica a distância.
Abaixo-assinado postado, pedindo suspensão do semestre letivo na UFMS, no site Petição Pública Brasil, até 28 de abril, já tinha adesão de mais de 1880 cidadãos e cidadãs.
O mesmo encaminhamento pela suspensão do calendário acontece por parte do colegiado da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (FAALC), de docentes do Câmpus de Aquidauana (CPAQ) , de coordenações de cursos e de professoras/es do CPTL.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional