⇛ALÉM DA INSTITUIÇÃO UNIVERSIDADE, o atual governo federal ataca agora diretamente conquistas históricas da categoria. Os salários já estão congelados. As perdas acumuladas não têm previsão de reposição. Recebemos o último realinhamento de tabela este ano. Não tem nada pela frente e muito menos possibilidade de diálogo frente ao despreparo e falta de conduta ética do atual ministro da Educação, Abraham Weintraub.
A reforma aprovada no Congresso pune as/os docentes do ensino superior que vão ter de trabalhar mais, contribuir mais, se aposentar com menos ou ficar com o pé na cova se quiser garantir proventos integrais.
Os próximos alvos agora são o concurso público, a estabilidade no emprego, as promoções e ainda o risco de ter os salários reduzidos pela reforma administrativa em tramitação no Congresso. Sem falar da pressão produtivista dentro da instituição, a redução de recursos para pesquisa, violação da democracia interna e perseguição ideológica dentro das universidades.
Historicamente o movimento docente enfrentou as políticas de cunho neoliberalizantes, esquecidas até mesmo em países como Reino Unido, em razão do alto custo social a que se submetem milhões de pessoas.
Foi com greve que a categoria conquistou o Regime Jurídico Único no Brasil. Depois enfrentou a política de sucateamento das universidades e o congelamento de salários nos governos de Fernando Henrique Cardoso.
Mesmo com avanços inegáveis em termos salariais e de investimentos nas universidades nos governos Lula e Dilma, a categoria não se intimidou. Realizou greves contra a reforma da Previdência, por reposição salarial e ajuste de tabela no Governo Dilma, em 2012.
Neste contexto, chegou a hora de reagir contra medidas que pioram a qualidade de vida do/das docentes, que não apontam nenhuma perspectiva de melhora futura e põem em risco a universidade pública.
Portanto, convidamos todos as/os docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), associadas/os ou não, para comparecerem à Assembleia Geral desta quinta-feira às 8 horas, na sede da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional em Campo Grande e nos campi do interior com horário a ser definido pela representação sindical. Além de informes, as/os participantes escolherão os delegados para o Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), em fevereiro, importantíssimo em razão da conjuntura. A categoria também vai discutir estado de greve, colaborar no projeto Universidade, avaliar a prestação de contas semestrais e deliberar sobre recursos para construção da nova sede da ADUFMS Seção Sindical em Aquidauana.