A audiência pública Ensino Superior em Ponta Porã – Oferta e Demanda”, realizada pela
ADUFMS-Sindicato
em parceria com a ADUEMS e a Câmara de Vereadores do município, nessa quarta-feira (29-8), apontou problemas comuns que levam @s universitári@s a desistirem dos cursos ofertados pela Instituto Federal pelas universidades Federal (UFMS) e Estadual (UEMS) de Mato Grosso do Sul .
Entre
as reclamações apresentadas pel@s alun@s do Câmpus de Ponta Porã da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (CPPP- UFMS), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) estão o isolamento das unidades em relação ao eixo urbano, transporte público de péssima qualidade, iluminação pública ruim, falta de moradia estudantil, aluguéis exorbitantes, pouca oferta de bolsas do Programa Estudantil Tutorial (PET- Fronteira), poucas bolsa de iniciação
científica, falta de refeitório a preços populares, assaltos diárias e falta de seguranças nos pontos ônibus, vias de acesso sem calçada e asfalto, ausência de convênio internacional para ingresso de alunos paraguaios e oferta de cursos sem observação à demanda da comunidade e a vocação econômica da região e falta de divulgação das graduações oferecidas e da própria existências das instituições públicas.
Os estudantes não pouparam criticas a gestão pública municipal, estadual e federal. A presidenta da ADUFMS-Sindicato Mariuza Guimaraes, e a representante sindical, Késia Ramires cobraram o fortalecimento dos cursos existentes, a expansão da graduação e da pós-graduação, convênio entre as instituições para ofertas comuns de cursos e disciplinas e melhoria das condições de políticas de permanência dos estudantes nas três instituições.
Mariuza citou também dados do INEP que apontam o baixo nível da oferta de vagas pelas instituições federais no país.
Os docentes do IFMS e UEMS fizeram uma série de propostas, dentre elas, o de estabelecimento de convênios entre as IES públicas (UFMS, UEMS e IFMS) para a oferta de cursos inter-instituições, ao qual a docente denominou
de GRADINTER. “Nossa defesa é sempre pelo fortalecimento da instituição pública, gratuita, laica e de qualidade socialmente referenciada”, reiterou.
Uma docente também pediu para se que levasse em consideração
as reivindicações apresentadas pela comunidade, uma delas referente ao oferecimento do curso de Pedagogia pelas instituições, com grande demanda na região.
Um acadêmico do curso de Ciências da Computação, da UFMS ,falou da dificuldade que teve para se manter e se estabelecer na cidade. Até mesmo falta de refeição diária. A permanência do curso de Ciências da Computação só possível devido a sua persistência pessoal frente às privações e ao recebimento da Bolsa PET-Fronteira. Outro universitário, de Pedagogia, sugeriu a maior divulgação dos cursos oferecidos à região e reestudo das linhas de ônibus que atendem o campus da UFMS/UEMS. Diariamente pega dois ônibus no trajeto entre sua casa e a universidade e chega na sua casa depois de meia noite.
Na audiência o Pró-reitor de graduação da UFMS, professor Ruy Alberto Caetano Correa, descartou a possibilidade de fechamento do curso de Ciências da Computação, no entanto, cobrou que os gestores das unidades, a Câmara de Vereadores e demais autoridades saiam da intenção política e faça gestos capazes de resolver os problemas apresentados, inclusive a cedência de área por parte da Prefeitura de Ponta Porã para a construção da nova unidade da UEMS, hoje em área do campus da UFMS.
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