A coordenação do Fórum Estadual contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista confirmou, em entrevista coletiva realizada nessa quarta-feira, às 14h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário, em Campo Grande, o crescimento na adesão à greve geral convocada pelas centrais sindicais e os movimentos sociais para o dia 28 de abril, sexta-feira. A expectativa é que a quantidade de participantes superem os 20 mil do último dia 15 de março.
Em Campo Grande está confirmada a paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo urbano, intermunicipal e estadual. Os bancários e vigilantes também confirmaram em assembleia à adesão ao movimento. Trabalhadores da construção civil e do mobiliário e da construção pesada, incluindo as rodovias pedagiadas, também vão cruzar os braços, aderindo à greve geral.
Os Correios e Telégrafos entraram em greve permanente neste dia contra o processo de privatização da estatal. Em todo o Estado, os eletricitários e os trabalhadores em frigoríficos também suspenderão as atividades. Já a Federação dos Trabalhadores no Comércio também está conclamando os comerciários a cruzarem os braços e participarem da concentração marcada para as 9h, na Praça Ari Coelho, em Campo Grande, de onde deverão partir em passeata pelas ruas centrais da cidade.
A presidenta da ADUFMS-Sindicato, Mariuza Guimarães, confirmou a adesão dos professores da UFMS à greve geral, decisão tirada em assembleias realizadas em Campo Grande e nos campi do interior, nessa quarta-feira. Vários cursos de graduação e pós-graduação já avisaram aos estudantes sobre a suspensão das aulas na sexta-feira.
Para a presidenta, a intelectualidade brasileira não pode se furtar do papel histórico de aceitar os retrocessos previdenciários e de relações de trabalho conduzida pelo Governo Temer, lembrando que a receita neoliberal em curso já fracassou em diversos países do mundo, que estão revisando os cortes de benefícios previdenciários e de políticas sociais, enquanto no país se caminha na contramão. Ressaltou que o próprio Fundo Monetário internacional – FMI, órgão gestor das finanças dos países ricos, apontou que as decisões tomadas pelo Governo Federal, com o aval dos setores majoritários do Congresso, aprofunda o quadro de pobreza e desigualdade do Brasil.
A concentração dos professores da UFMS acontecerá às 8h00, em frente ao prédio do INSS. A mobilização contará com a adesão de outras categorias do serviço público federal. Já os servidores públicos estaduais: policiais civis, militares, saúde e outros ramos marcarão concentração às 8h, no ginásio da MACE. Os professores da rede municipal se concentrarão na ACP e os das redes estaduais de outros municípios, na sede da Fetems.
As atividades também contarão com a participação dos trabalhadores do Movimento Sem-Terra, Movimentos Populares de Luta, indígenas e de ativistas culturais.
Confira a convocação a greve pela presidenta da ADUFMS, Mariuza Guimarães