A reforma da previdência instituída pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC-247/2016) vem sendo alvo de contestação do conjunto de centrais e entidades sindicais de trabalhadores de Mato Grosso do Sul. No dia de hoje (03.03), os dirigentes e as dirigentes de mais de 15 entidades estiveram reunidos(as) na Federação do Trabalhadores em Educação (Fetems) traçando as táticas de lutas para deter o processo de reforma em curso.
No período da manhã, o presidente da Fetems, um dos coordenadores do movimento, esteve reunido com o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), relator da PEC 247/2015, onde colocou o posicionamento contrário dos trabalhadores contra o atual projeto, cobrando medidas alternativas para compensar o propalado déficit anunciado pelo Governo Federal, como o combate a sonegação fiscal e o confisco de 30% dos recursos da seguridade social pela Desvinculação das Receitas da União (DRU) destinados para outros fins no orçamento público. “Querem jogar a conta mais uma vez para os servidores pagarem a conta, defendemos uma CPI antes de qualquer mudança”, reclamou.
Entre as atividades consensuadas pelo Fórum de Entidades Contra a Reforma da Previdência no Mato Grosso do Sul, do qual a ADUFMS-Sindicato, é integrante e estava representada, está a construção da greve no dia 15 de março, com a paralisação de diversas categorias, inclusive o transporte coletivo. No mesmo dia, às 9h, no palácio Rubens Gil de Camillo, palestra com o sociólogo Emir Sader, tratando da conjuntura econômica e social do País e as alternativas frente ao processo de cassação dos direitos dos trabalhistas pelo Governo Temer e com a dirigente estudantil secundarista, Ana Júlia Pires Ribeiro, que participou do movimento de ocupação das escolas públicas no Paraná contra a reforma do ensino médio.
A intenção do movimento dos trabalhadores em educação é dar continuidade a mobilização do dia 15 de março com acampamento itinerante em frente das residências dos parlamentares do Estado favoráveis a reforma da previdência. O dirigente também prevê a continuidade do movimento paredista na educação em razão da votação do projeto de lei que adequa as diretrizes da PEC 241/2016 no orçamento estadual, limitando os investimentos do orçamento público em setores estratégicos para o desenvolvimento social e o congelamento dos salários dos trabalhadores no serviço público por 10 anos. Com a medida, os reajustes e promoções acordados pelo Governador Reinaldo Azambuja com o magistério estadual não serão cumpridos e não restaria outra alternativa à categoria senão a paralisação.
As entidades também ficarão de encapar a agenda do movimento popular de mulheres, que prevê ato público e panfletagem no dia 08 de março em frente da sede do INSS , da rua 26 de agosto, denominado Mulheres em Luta pelo Direito de se Aposentar.
Assessoria de imprensa sindical da ADUFMS.