A
ADUFMS-Sindicato
está participando ativamente das mobilizações contra o Projeto de Lei 8.242/2016, batizado por educadores/as e estudantes como a Lei da Mordaça, de autoria do ex-vereador, Alceu Bueno e encampado pelo vereador vereador Paulo Siufi (PMDB). No domingo, diversos professores da UFMS participaram de manifestação na Praça da República e depois de caminhada até a sede da prefeitura.
A mobilização continua nesta segunda-feira, com a
ADUFMS-Sindicato
e as entidades contrárias a Lei da Mordaça, convidando toda comunidade universitária para participar de debate na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS), às 19 horas, para discutir o projeto de lei da Mordaça.
A organização do ato contou com o apoio estrutural da entidade. Mais seis de professores da instituição ocuparam o microfone para criticar o projeto de lei, considerado inconstitucional e que fere as orientações do Plano Nacional de Educação (PNE) e a própria LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).
Entre os absurdos, o projeto de lei proíbe que temas relacionados a sexualidade e gênero não sejam discutidos em sala de aula. Além disso, d
etermina que as instituições de ensino público tenham cartazes que “orientem” o que o professor pode e/ou não deve debater em sala de aula.
A Professora Doutora e presidente da regional Centro-Oeste da Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e de Pesquisa em Educação), Maria Dilnéia Espíndola, esteve presente à manifestação. Indignada com a iniciativa, escreveu o artigo
NA ESCOLA DO NADA, O QUE É QUE SE ENSINA? NADA!
Ele foi publicado no
site
da
ADUFMS-Sindicato
e encaminhado a órgãos da imprensa para publicação.
Para o professor Paulo Duarte Paes, o projeto de lei faz parte do pacote dentro da onda conservadora que vem assolando o País, proposto por pessoas que não tem nenhum conhecimento da área educacional e de forte tendência fascista, pois interfere diretamente na liberdade pedagógica de professores. Suspeita que entidades como a Fundação Milênio, bancada pela Rede Globo e empresas multinacionais, interessadas em desestabilizar a democracia na América Latina, patrocine este tipo de iniciativa que se prolifera por todos o País e que precisa ser barrada na mobilização, sob pena de retrocessos na política de direitos humanos e no sistema educacional brasileiro.
Para o diretor financeiro Marco Aurélio Stefanes iniciativas com estas fazem partem do movimento Escola Sem Partido. Integra o conjunto de reações de forças conservadoras que querem cercear a reflexão e o debate democrático nas escolas, cerceando o debate sobre temas centrais para construção de uma sociedade igualitária, com questão de gênero, raça e cidadania. Defendem bandeiras retrógradas com o conceito de que família seja resultado da união entre, homem e mulher, enquanto a família deve ser resultados de várias formas de amor.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato