Os/as docentes da UFMS, reunidos/as em assembleia em todos os
campi
, mantêm firme o movimento de greve, destacando que a forte adesão é uma forma de fazer com que o governo federal melhore a proposta de reajuste, acenando, ao menos, com a correção de distorções na carreira da categoria. Esse foi o mote principal da proposta encaminhada pelo Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (CNG-Andes-SN) discutida e aprovada por professores/as: “A unidade do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais rejeitou a proposta de reajuste em quatro anos, levando o governo a apresentar, para algumas entidades, redução na temporariedade do reajuste, que passaria para dois anos, mas ainda abaixo da inflação, a saber: 5,5% em 01/01/2016 e 5,0% em 01/01/2017, o que dá um índice acumulado de 10,78%, que está abaixo da inflação do período.”
“Nos termos citados acima, o CNG entende que continua, na greve, a luta para se conquistar valores que recomponham os salários corroídos pela inflação e que as correções da estrutura remuneratória se iniciem já em 2016” (COMUNICADO 40/CNG-ANDES).
A proposta encaminhada à base pelo CNG/Andes privilegia os seguintes pontos: defesa do caráter público da universidade; condições de trabalho; garantia de autonomia; reestruturação da carreira e valorização salarial. Esses pontos deverão nortear as conversas com os ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) a partir de agora.
Essa proposição tem como perspectiva a abertura de negociações na mesa setorial em outras bases evidenciando que a categoria está aberta ao diálogo.
Além da aprovação das propostas de encaminhamento do CNG Andes, a categoria deliberou pela formulação de documento que foi entre nesta sexta-feira 17 e à Reitoria da UFMS alertando sobre problemas de pôr em prática o calendário acadêmico do segundo semestre sem o término do primeiro semestre, com a consequente quebra de pré-requisito.
Com a decisão
ad referendum
(Resolução 454/2015), sem qualquer discussão prévia com a comunidade universitária, os/as alunos/as serão obrigados/as a cumprir aulas em períodos concomitantes, horários conflitivos e sem a infraestrutura física e docente adequada, uma vez que vários cursos faltam docentes e até mesmo sala de aula. A situação já herda a complexidade de outra decisão
ad referendum
que atrapalhou a vida dos/as acadêmicos/as e das coordenações de cursos ainda no primeiro semestre: o aumento em mais dez minutos nas disciplinas, o que provocou o estouro da carga horária em vários cursos, principalmente na Enfermagem.
Para os/as docentes em greve, a publicação do calendário acadêmico do segundo semestre, com vigência a partir do dia 13 de outubro, mais a quebra da exigência do pré-requisito para cursar uma nova disciplina, teve o propósito da administração da UFMS de enfraquecer o movimento paredista, pressionando os/as professores/as a voltar para sala de aula, uma vez que até então a quebra pré-requisito era inegociável pela atual reitora.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato