A consulta pública
on-line
sobre carga horária docente no ensino de graduação, implementada pela direção da UFMS, afronta os órgãos colegiados da instituição. Essa foi a conclusão a que chegaram professoras e professores nos
campi
de Campo Grande e Aquidauana durante a Assembleia Geral Ordinária do último dia 15, na qual se manifestaram contrários/as à consulta.
Em Corumbá, docentes participantes da Assembléia criticaram essa prática da administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. No
Campus
de Paranaíba (CPAR), os/as presentes à Assembleia decidiram “pela defesa da carga horária mínima de oito horas de aula para os docentes 40h DE, uma vez que a conversão da hora-aula de 50 minutos em hora-relógio (60 min) implica mais trabalho e mais disciplinas para se atingir o mínimo necessário para progressão na carreia, via SiaDoc [Sistema de Avaliação de Desempenho da Carreira Docente]”. Ainda no CPAR, “docentes solicitaram a atuação vigilante do Sindicato nas instâncias decisórias da UFMS” acerca do assunto.
A deliberação na Assembléia Geral Ordinária em Aquidauana rejeitou a consulta pública sobre carga horária, empreendida via internet pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Preg). A decisão acompanhou-se de manifesto postado na página da
ADUFMS
(direção sindical no CPAQ) no Facebook, repudiando “a forma como a administração central [da UFMS] tem conduzido as decisões importantes que afetam todos/as os/as professores/as: POR MEIO DE CONSULTAS PÚBLICAS
ON LINE
. Com o fim dos departamentos, a participação direta dos/das professores/as nos assuntos da Universidade foi encerrada. Contudo, os órgãos colegiados não estão tendo a função de debate e deliberação [pela qual] são responsáveis”. Os/as docentes em Aquidauana pediram “DEMOCRACIA NA UFMS JÁ!!!” e a “ELIMINAÇÃO DE CONSULTA PÚBLICA
ON LINE
!!!”
Na Assembléia Geral Ordinária em Campo Grande, a categoria rechaçou a consulta pública
on line
e argumentou a favor da atuação colegiada para discutir e decidir sobre carga horária. Apontou-se o assunto como complexo porque não envolve só ensino em sala de aula. Envolve também aspectos relacionados a estágio e pesquisa. Portanto, trata-se de um tema a ser encaminhado pelos/pelas docentes, fundamentado pedagógica e juridicamente, para ser debatido nos órgãos colegiados. Em Chapadão do Sul, a docência votou favorável à consulta pública sobre carga horária.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS