O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, disse ser contra greve de trabalhadoras e trabalhadores do serviço público. “Pessoalmente, gostaria muito que no Brasil não tivesse o direito de greve para o servidor público”, disparou em uma entrevista publicada no final de setembro no
site
do jornal gaúcho Zero Hora.
Falando do funcionalismo do Tribunal Superior Eleitoral como propriedade sua, Toffoli acrescentou: “Acho um absurdo que o meu servidor no TSE faça uma greve e ainda venha reivindicar a remuneração, mas não posso ignorar o direito previsto na Constituição.”
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) criticou o posicionamento de Toffoli, que integra o escalão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “A declaração do ministro reforça mais uma vez o descaso com a luta dos servidores públicos federais. Não à toa, após dois encontros com representantes dos trabalhadores do Judiciário Federal, o ministro prometeu apoio e empenho pela reposição salarial e outras demandas, mas nada fez. Em um terceiro encontro, após pressão da categoria durante visita de Toffoli a São Paulo, no início de setembro, o discurso foi de que os trabalhadores procurassem conversar com os parlamentares, o que claramente mostrou que dele não poderia se esperar nada.”
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“Essa história de caixa dois não existe no Brasil”, diz o presidente do TSE
, para ver a íntegra da entrevista de Toffoli.