Ato “Vidas Negras Importam” lembrou os assassinatos de Moïse Kabagambe e Durval Teófilo Filho
Representantes de movimentos sociais, entidades sindicais e organizações de defesa dos direitos humanos organizaram, neste sábado (12), o ato “Vidas Negras Importam”, para protestar contra o racismo institucional e suas expressões. Os manifestantes lembraram as mortes de Moïse Kabagambe, jovem congolês assassinado a pauladas no Rio de Janeiro, e de Durval Teófilo Filho, morto a tiro por um vizinho.
O ato contou com um caminhão, onde lideranças se revezaram em falas sobre a importância desse tipo de manifestação. Aproximadamente 100 pessoas se concentraram no canteiro da Avenida Afonso Pena, em frente à Praça Ary Coelho, próximo ao cruzamento com a Rua 14 de Julho. Manifestantes carregavam cartazes com frases ligadas à luta antirracista.
No sábado anterior (5), havia sido realizado outro ato contra o racismo. As entidades organizadoras decidiram convocar mais uma manifestação, devido à importância do debate e de mais um caso de violência de cunho racista, desta vez em Campo Grande. Na ocasião, dois policiais militares foram flagrados abordando um homem de forma violenta. Em vídeo, um deles aparece pisando sobre o pescoço da vítima e a chutando durante a abordagem, no bairro Jardim São Lourenço, por volta das 15h.
Além da Adufms, a mobilização é convocada por entidades como Coalizão Negra por Direitos, Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro em Mato Grosso do Sul (FPEMN-MS), Grupo de Trabalho e Estudos Zumbi (TEZ), União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro), Juristas pela Democracia, Associação dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Democracia (ADJD), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Frente Brasil Popular (FBP), Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra (MST) e Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS).