A Adufms estará presente, junto a outras entidades ligadas à defesa da educação, no Ato em Defesa da Educação nesta quinta-feira (8 de dezembro), a partir das 9h, na Praça Ary Coelho. A mobilização se insere no contexto nacional de luta contra o bloqueio de R$ 344 milhões realizado pelo governo de Jair Bolsonaro no orçamento das universidades e institutos federais.
Com o corte realizado, as instituições correm risco de não funcionar, devido à falta de verba para luz, água, segurança, limpeza e outros serviços básicos, além de não haver dinheiro para manter as bolsas para pesquisa, permanência e moradia de estudantes. O impacto será de cerca de 4 mil estudantes prejudicados/as, sem garantia de recursos para continuar seus estudos, moradia e alimentação.
O valor bloqueado representa mais um ataque da gestão de Bolsonaro à educação. Um corte de R$ 438 milhões já havia sido realizado na metade do ano. De acordo com Ricardo Marcelo Fonseca, reitor da UFPR e presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituição de Ensino Superior (Andifes), “é uma situação absolutamente inédita, e nos deixa sem recursos e sem possibilidade de honrar os gastos das universidades, inclusive bolsas, conta de luz e água, coleta de lixo, e nossos terceirizados”.
O sucateamento da educação, aliado à política de “terra arrasada” que se prepara para o futuro governo Lula, é justificado com argumentos de que seriam necessários “contingenciamentos” para “não furar o teto de gastos”. No entanto, contraditoriamente, o mesmo governo liberou em setembro R$ 3,5 bilhões para o chamado “orçamento secreto”, ou seja, conjunto de verbas repassadas a parlamentares sem necessidade de explicação sobre a destinação do dinheiro. Durante o período eleitoral, foram mais de R$ 9 milhões gastos no cartão corporativo.