Governo federal e servidores/as públicos/as prosseguem as negociações sobre a reposição salarial, que não ocorre há sete anos. A ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação de Serviços Públicos, deve anunciar nesta quinta-feira (16 de fevereiro) a proposta do governo. Na segunda-feira (13), a ministra Esther Dweck disse à Folha de S. Paulo que deve haver reajuste de 9% até abril.
A demanda, no entanto, é o reajuste emergencial de 27%, referentes ao déficit salarial desde o início do governo de Jair Bolsonaro, período em que não houve negociação. Embora a reivindicação das entidades organizadas no Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) seja substancialmente maior do que a proposta do governo, ainda está longe do acúmulo de perdas inflacionárias desde 2017, que somam quase 40%.
A mesa de negociação permanente foi formada no dia 7 de fevereiro pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Camilo Santana (Educação), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Nísia Trindade (Saúde), além da própria Esther Dweck. O orçamento disponível é de R$11,2 bilhões e os benefícios também serão discutidos.
O secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo, afirmou na quarta-feira (15) que a expectativa é aumentar o percentual do reajuste emergencial. “A nossa expectativa é a de aumentar este percentual de 9% e conquistarmos um aumento nos valores dos benefícios. Afinal, estamos sem reposição salarial desde o governo Dilma. O importante é que está havendo, por parte deste governo, o reconhecimento das nossas perdas e a disposição em sentar para negociar”, disse ao portal da entidade.
Nesta quinta, às 16h de Brasília, será transmitida uma live na página do Fonasefe no Facebook sobre a resposta do governo.