O Dia Internacional da Mulher tem suas origens na luta sindical. A primeira proposta de instituição de uma data de mobilização e reflexão pelos direitos das mulheres partiu de Clara Zetkin, na Conferência de Mulheres Socialistas de 1910. O mês de março foi escolhido em homenagem às lutas das mulheres operárias de Nova York, sobretudo à tragédia na Tecelagem Triangle, em 1911.
No dia 8 de março de 1917, operárias russas organizaram uma mobilização que reuniu milhares de pessoas em São Petersburgo, à época capital do país. A revolta deu início à Revolução de Março, que derrubou o czar Nicolau II e instalou um governo provisório. Posteriormente, a data se tornaria feriado nacional como Dia da Mulher Proletária.
Em mais um Dia Internacional da Mulher, mais de cem anos após a Conferência que instituiu a data de luta, os dados não são animadores. Em 2022, o Brasil bateu seu próprio recorde de feminicídio. O aumento foi de 5% em relação a 2021. A média é de uma mulher morta a cada seis horas.
A Adufms celebra o 8 de março e reforça o legado de luta desta data. Lutamos por mulheres livres e emancipadas. Por nenhuma a menos – e por todas em uma sociedade liberta da misoginia que, nos últimos anos, tem sido a tônica de discursos hegemônicos. Lutamos para consolidar a derrota daqueles que atacam as mulheres e que as querem em papel subalterno, sem destaque, sem direitos e sujeitas à violência.
Por fim, convidamos todas e todos para um encontro hoje, 8 de março de 2023, no auditório de Arquitetura da UFMS – Campus Cidade Universitária, a partir das 18h30. Haverá um painel com a presença da ex-presidenta do Sindjor-RS, Vera Daisy Barcellos e da professora Tina Xavier, além de distribuição de adesivos e marca-páginas. A quem não puder estar presente, é possível acompanhar por nossa página do Facebook.