A Adufms se reuniu, nesta terça-feira (4), com o reitor Marcelo Augusto Santos Turine e representantes da Reitoria da UFMS. Além da seção sindical, também participaram representantes do Diretório Central de Estudantes (DCE). Na ocasião, foi entregue ao reitor um ofício com algumas reivindicações.
O documento entregue à Reitoria da UFMS detalha demandas e o histórico das negociações até o momento. O ofício, endereçado ao reitor, destaca a importância da paralisação e solicita ações imediatas para a manutenção do movimento paredista.
É destacado ainda que apesar dos esforços do sindicato, com o pedido para que não houvesse listas de professores grevistas, a Reitoria publicou, em 1º de maio, o Ofício nº 5/2024, solicitando a identificação dos professores em greve. Essa ação foi imediatamente contestada pela Adufms, que protocolou um pedido para revisão da decisão no dia seguinte. Em resposta, a Reitoria suspendeu a solicitação com o Ofício nº 6/2024.
Diante da continuidade da greve, a Adufms pede a adoção de três medidas:
1. Suspensão imediata do calendário acadêmico.
2. Manutenção dos sistemas acadêmicos em aberto, com discussão de um novo calendário para o retorno das atividades após a greve.
3. Articulação junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para obter apoio do Andes-SN e do Comando Nacional de Greve pela recomposição de 2,5 bilhões de reais no orçamento das universidades.
A entrega do ofício marca mais um capítulo na luta dos docentes por melhores condições de trabalho e reconhecimento salarial, refletindo o clima de insatisfação e a busca por uma solução justa e negociada para a crise que afeta as universidades federais em todo o país.
Negociações e Propostas
O documento entregue ao reitor contém ainda um balanço sobre as negociações em nível nacional. O panorama traçado traz informes sobre as atualizações mais recentes, ressaltando que as negociações em nível nacional têm sido intensas, mas sem avanços significativos.
Em 27 de maio, uma tentativa de acordo assinada por uma entidade sem representatividade foi invalidada pela justiça. Mais recentemente, no dia 3 de junho, representantes dos docentes se reuniram com o Ministério da Gestão e Inovação (MGI), mas novamente não houve progressos.
As entidades reivindicam um reajuste de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025, e 5,16% em maio de 2026. No entanto, a proposta do MGI permanece inflexível: 0% para 2024, 9% para 2025, e 3,5% para 2026. Uma nova reunião de negociação está marcada para 14 de junho no Ministério da Educação (MEC).