2º Congresso Internacional de Estudo das Diferenças e Alteridades tem participação da Adufms

O 2º Congresso Internacional de Estudos das Diferenças e Alteridades está em andamento, reunindo participantes na Cidade Universitária desde o dia 4 de novembro. Com o tema “Experiências autoritárias e desafios democráticos: obediências e resistências”, o evento se estende até a quinta-feira (7) e visa promover uma reflexão aprofundada sobre as dinâmicas entre regimes autoritários e democracias contemporâneas.

A Adufms foi representada pela primeira-tesoureira, professora Sheila Denize Guimarães, que mediou nesta terça-feira (5) a mesa “Ascensão da Extrema Direita e Golpes Contemporâneos na América Latina”. O diálogo foi realizado pelos professores Andrés Tzeiman e Danilo Martuscelli, traçando sobretudo os cenários da Argentina e Brasil.

Segundo Aguinaldo Rodrigues Gomes, professor do Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais do Câmpus de Aquidauana (CPaq) e membro da comissão organizadora, o congresso surgiu da preocupação com as recentes mudanças geopolíticas globais, que ameaçam instaurar regimes autoritários e resultam em violações de direitos. “A importância desse evento reside na necessidade de nós discutirmos a densidade democrática do nosso país, discutirmos também a qualidade da democracia no Brasil, sobretudo no tocante a práticas de obediência e resistência, sobretudo no contexto em que a própria democracia vem sendo ameaçada”, explica.

A programação do evento inclui conferências e mesas-redondas com temas relevantes para o contexto atual. Na noite de abertura, dia 4, o professor Thomas Otto Fischer, da Alemanha, ministrou uma conferência sobre o campo de estudos de justiça transicional em pós-ditaduras. No dia 5, a manhã contou com uma mesa-redonda sobre “Ascensão da extrema direita e golpes contemporâneos na América Latina”, e a noite foi marcada pela discussão sobre “Resistências culturais à ascensão das extremas direitas”. 

Nesta quarta-feira, dia 6 de novembro, o congresso segue com a mesa-redonda “Autoritarismo Cultural – ascensão do negacionismo na ciência”, coordenada por Leandro Colling, Rogério Siqueira e Walter Lippold. No período da tarde, ocorre a apresentação de trabalhos nos simpósios temáticos, encerrando o dia com a mesa “Crises da democracia, ditaduras e colonialismo: questões contemporâneas”, com a presença de Berenice Bento, Breno Altman e Adel Osman.

O dia 7 de novembro marca o encerramento das atividades do Congresso, com destaque para a mesa “Educação contra a barbárie: lutas frente aos movimentos extremistas e mercantilistas” pela manhã. À noite, o professor uruguaio Camilo López Burian ministra a conferência de encerramento, discutindo “O revisionismo da extrema-direita sobre a história da América Latina na contemporaneidade”.

O evento inclui 14 simpósios temáticos, dos quais oito acontecem presencialmente, um em formato híbrido e cinco de forma remota. 

Entre os temas abordados nos simpósios presenciais, destacam-se: “Teia de resistências: movimentos indígenas, discursos, imagens e representações” e “Cultura e política: diálogos entre estética e poder”. Já o simpósio híbrido abordará “A educação em interface com a colonialidade do ser, saber, poder, viver e de gênero”, enquanto os simpósios remotos exploram temáticas como “História, memória, patrimônio e ambiente no Cerrado” e “Resistências de gênero: lutas políticas e estéticas subversivas”.

O professor Aguinaldo destaca que o evento tem caráter formativo, incentivando a participação de estudantes de graduação e pós-graduação. Estudantes de graduação de universidades públicas do Centro-Oeste que participem e apresentem trabalhos, na modalidade Painel de Iniciação Científica, poderão se inscrever gratuitamente.

Para mais detalhes sobre a programação e os simpósios temáticos, os interessados podem consultar o perfil oficial do Congresso no Instagram e a página do evento.