
(Foto: Adufms/Fábio Faria)
A Adufms – Seção Sindical do Andes-SN esteve presente na manifestação contra o “PL da Dosimetria” realizada na manhã do último domingo (14 de dezembro) em Campo Grande. O ato ocorreu em frente à Praça Ary Coelho, na Avenida Afonso Pena, e seguiu em marcha pela região central, com faixas e cartazes em defesa da democracia e contra a tentativa de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A mobilização foi organizada por frentes populares, como a “Brasil Popular” e a “Povo Sem Medo”, reunindo movimentos sociais, entidades civis, sindicais e representantes políticos.
Representando a Adufms, o presidente José Roberto Rodrigues de Oliveira destacou que, mesmo às vésperas do recesso, a entidade segue mobilizada, convocando professores e professoras para atividades que expressam a insatisfação da categoria e da sociedade frente aos ataques à democracia. Para ele, não há justificativa para relativizar punições a quem atentou contra o Estado de Direito, afirmando que “não é possível fazermos dosimetria nessa altura do campeonato para pessoas que destruíram o patrimônio público”, reforçando que a entidade permanece “nas ruas, junto com o povo, fazendo a defesa da democracia e das leis do nosso país”.
Além dele, diversos/diversas filiados/filiadas da Adufms estiveram presentes. Por parte da diretoria, além do presidente, o vice-presidente, Marco Aurélio Stefanes e a primeira tesoureira, Sheila Denize, compareceram.

(Foto: Adufms/Fabio Faria)
Muitos figuras políticas estiveram no ato, dentre elas, o advogado e ex-deputado federal, Fábio Trad, que alertou sobre as manobras da extrema direita. “A extrema direita continuará testando os limites institucionais enquanto obtiver vitórias pontuais no Legislativo”, disse Fábio. Além disso, ele também ressaltou que o Brasil esteve muito próximo de um período obscurantista, evitado pela atuação do Supremo Tribunal Federal. Para Trad, a reação passa por atitudes concretas, com o “povo nas ruas, exercício de direitos, com educação cívica, sem violência, mas com senso cívico”.
A secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Fátima Silva, afirmou que a mobilização expressa a indignação diante de um Congresso que aprova pautas contra o povo e adota práticas autoritárias, como a retirada da imprensa e a repressão a parlamentares da esquerda, classificando o Legislativo atual como o “Congresso do retrocesso”, que mantém privilégios e avança com uma “anistia disfarçada de dosimetria”

(Foto: Adufms/Fabio Faria)

(Foto: Adufms/Fabio Faria)
A professora filiada à Adufms, Miriam Lange Noal, conhecida como “Miroca”, destacou que a democracia é uma conquista diária e frágil, defendendo que é nas ruas que se faz ouvir a voz popular e se barram atitudes antidemocráticas. Segundo ela, não é possível recuar em tempos sombrios, sendo fundamental manter a mobilização nos espaços públicos, nas famílias e nas salas de aula.
Na visão da diretora financeira da adUEMS, Cássia Reis, pra ela, apenas a pressão popular pode conter um Congresso que atua contra os interesses da população. Para Cássia, “a rua pode parar as atividades deste Congresso” e, junto com o voto, será decisiva para eleger um Legislativo que represente de fato o povo, e não os interesses do capital.
A Adufms reafirma seu compromisso com a defesa da democracia, do Estado Democrático de Direito e das liberdades fundamentais, mantendo-se ao lado das mobilizações populares contra retrocessos institucionais e sociais.
