Adufms participa de plenária em defesa das universidades públicas e contra o contingenciamento de verbas

Na tarde desta quarta-feira (11 de abril), a Adufms marcou presença em uma plenária organizada pelo Movimento Universidade Popular (MUP) em parceria com o coletivo Correnteza. A entidade foi representada pelo vice-presidente Marco Aurélio Stefanes e pela ex-presidenta Mariuza Guimarães.

O encontro, que reuniu professores, estudantes e militantes de diferentes coletivos, teve como pauta central o contingenciamento de recursos destinados às universidades públicas. A discussão girou em torno dos impactos desses cortes tanto na vida dos docentes quanto dos discentes, e das ameaças crescentes de privatização dos espaços federais de ensino.

A participação da Adufms evidenciou o compromisso da entidade com a mobilização conjunta da comunidade universitária na luta por uma educação pública, gratuita e de qualidade. O debate foi produtivo justamente por unir docentes e alunos em um espaço horizontal, voltado à construção de estratégias coletivas de resistência diante da atual conjuntura.

Além dos membros da Adufms, do MUP e do Correnteza, também estiveram presentes representantes da Unidade Popular (UP) e estudantes de diversos cursos, como medicina e biologia, reforçando o caráter plural e combativo da plenária. A mobilização reforça a importância da união entre os diferentes setores da universidade na defesa da pesquisa, da ciência e da educação como direitos fundamentais e bens públicos, além da ocupação dos espaços da universidade para, cada vez mais, ser possível fazer debates como o que ocorreu. 

Para o professor Marco Aurélio, essa junção entre professores e alunos no debate para maiores mobilizações é crucial. “Os professores, junto com os estudantes, assim como pés técnicos administrativos constituem a comunidade universitária, sendo assim, não existe uma universidade sem esses três grupos. Por isso, precisamos ter essa interação constante da comunidade universitária na discussão não só sobre a educação mas também sobre os rumos da sociedade. Independente de corrente, de movimento, nós temos que estar discutindo, porque democracia é isso”, explica. 

Na análise da conjuntura, o professor ainda explica que “estamos presenciando um problema sério com o contingenciamento de recursos para a educação, e quando os estudantes se preocupam com isso é porque diz respeito à vida deles também. São as bolsas, a iniciação científica, é um mestrado ou um doutorado que sofrerão as consequências. E nós professores também passaremos por isso, porque logo começam a faltar os insumos básicos para a prática das nossas atividades. Então é importante que a comunidade universitária esteja sempre unida para debater esses problemas, dentre tantos outros”

A ex-presidenta da Adufms, Mariuza Guimarães, vê com otimismo o resultado do evento. “Foi uma importante iniciativa. Nós estamos precisando disso, de mais estudantes, professores e técnicos administrativos na universidade que queiram fazer o debate sobre os problemas enfrentados pela comunidade acadêmica. Nós não podemos ficar vivendo como se nada estivesse acontecendo. A universidade, a pesquisa, o desenvolvimento científico e tecnológico estão em risco. As universidades são responsáveis por grande parte da produção intelectual do país. Portanto, se nós não temos financiamento nem organização, este risco se aprofundará. Quando estudantes têm a iniciativa de organizar debates, querer pensar a universidade, isso é extremamente saudável e é por isso que nós professores estamos aqui, contribuindo para o debate”, pontuou a professora.

Novos eventos como este devem acontecer posteriormente nos espaços públicos da UFMS. 


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