⇒A DIREÇÃO DA ADUFMS SEÇÃO SINDICAL
vem discutindo a possibilidade de aderir à paralisação de 48 horas nas instituições federais de ensino, prevista para os dias 24 e 25 de setembro, em processo de construção a partir de deliberação de reunião no Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superir (
ANDES-SN
). O movimento paredista deverá ser deliberado em assembleia geral a ser convocada pela entidade na próxima semana e costurado com o Diretório Central das e dos Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (
DCE-UFMS
) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e dos Institutos Federais de Ensino, no Estado de Mato Grosso do Sul (
Sista-MS
).
Na reunião no
ANDES-SN
, ocorrida nos dias 24 e 25 de agosto em Brasília, representantes de entidades docentes de todo o país decidiram construir a paralisação nacional da educação contra os cortes orçamentários, o Future-se e as intervenções do governo na indicação de reitores.
A proposta é de que nos dois dias de paralisação ocorram ocupação das universidades, institutos federais e Cefets (centros federais de Educação Tecnológica). Outra proposta deliberada na Comissão Nacional de Mobilização é a organização em outubro do dia nacional das universidades, institutos federais e Cefets em praças públicas e a realização do Dia da Universidade de Portas Abertas, antes da paralisação.
A crise orçamentária das universidades federais brasileiras chegou ao topo com o Governo Bolsonaro, sem precedentes até mesmo no Governo Fernando Henrique Cardoso. A UFMS sofreu o segundo maior corte orçamentário das universidades brasileiras, mais de R$ 80 milhões. Não foi considerada sequer a afinidade atual da instituição às políticas desenvolvidas pelo Ministério da Educação (MEC), sob o ponto de vista de gestão. Centenas de bolsas de iniciação científica e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) foram cortadas de forma abrupta, prejudicando o andamento de pesquisa e projetos de extensão já em andamento, além de dificultar a permanência e descolamentos dos/as alunos/as.
Na pós-graduação os cursos encontram dificuldade para conseguir o pagamento de passagens e diárias de docentes de outras instituições para compor bancas e avaliação de dissertações, prejudicada por ser feita via internet. A participação em eventos científicos para apresentação de trabalhos e artigos, necessários à contagem de produção acadêmica de docentes e estudantes de mestrado e doutorado, vem sendo feita a conta-gotas ou com recurso das/os interessadas/os.
Caso não haja descontingenciamento de verbas nas próximas semanas, a UFMS terá dificuldade de quitar compromissos como o pagamento de luz, segurança, manutenção e itens essenciais para o funcionamento, como material de higiene e de laboratório, o que já vem sendo denunciado na imprensa local.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional