⇛REUNIDAS/OS EM ASSEMBLEIA GERAL na quinta-feira 5 de dezembro, docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Cidade Universitária Campo Grande, aprovaram, decretação de Estado de Greve em razão de o governo federal não sinalizar com nenhuma possibilidade de reajuste geral e adotar medidas administrativas que retiram direitos da categoria.
A decisão segue orientação do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), com base em deliberação do Conselho Nacional da entidade federal (Conad). Antes da votação, o presidente da ADUFMS Seção Sindical ANDES-SN, professor Marco Aurélio Stefanes, explicou que “o Estado de Greve se diferencia do indicativo de greve e da deflagração da greve em si. É compreendido como uma situação aprovada pelas/os professoras/es para alertar o governo sobre a possibilidade de deflagração de uma greve. Assim, figura como momento de reflexão, debate e mobilização em torno de um processo que pode ou não culminar em uma greve, compreendida como instrumento legal e legítimo diante de reivindicações”.
O sindicalista detalhou que a deliberação pressupõe a continuidade das atividades laborais (ensino, pesquisa e extensão). A diferença é que, com as/os docentes organizadas/os sob Estado de Greve, as ações de luta e mobilização passam a ser mais cotidianas e necessitarão ainda mais de participação.
As/os participantes da Assembleia elegeram sete docentes e um suplente para o Congresso do ANDES Nacional. Constituíram comissão para discutir projetos alternativos direcionados à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, frente à visão política ultraconservadora em efetivação na UFMS.
Entre as atividades previstas estão a realização de seminário para discutir a democracia interna na escolha de novos/as dirigentes e a formulação de documento que contenha propostas da docência que calibre o modelo do gerencialismo burocratizante, controles excessivos e produtivismo acadêmico visando tão-somente ao Currículo Lattes. A intenção seria alinhavar o caráter libertador, público e gratuito de ensino na universidade, inclusive a formulação de atividades de políticas de inclusão e afirmativas dentro da instituição.
A Assembleia também aprovou o parecer favorável do Conselho Fiscal em relação às contas da Seção Sindical referentes a 2018 a ser disponibilizadas a todas e todos as/os associadas/os.
Os resultados da Assembleia em campi do interior serão divulgados com a chegada das atas.