Docentes, técnicos e estudantes se reuniram nesta segunda-feira (3) em um ato unificado. A Marcha em Defesa da Educação Pública Federal foi marcada por uma intensa panfletagem nos semáforos ao redor da Praça do Rádio Clube, em Campo Grande. O ato foi convocado pela Adufms, Sista, Fasubra de Dourados, Sinasefe e Aduf Dourados.
A manifestação teve como pautas principais a reestruturação da carreiras, tanto dos docentes quanto dos técnicos administrativos, recomposição salarial, recomposição dos orçamentos das universidades e institutos federais, melhoria de condições de trabalho, ampliação de programas de Assistência Estudantil, revogação do Novo Ensino Médio, bem como a revogação da Portaria MEC 983/2020.
Durante o ato, a presidenta da Adufms, Mariuza Guimarães contou como foi as semanas de negociações em Brasília, e afirmou que a greve só se encerrará quando as demandas da categoria forem ouvidas. “Estamos sofrendo com diversas perdas há anos. Não aceitaremos o reajuste zero. A manifestação de hoje é uma demonstração de que nossa categoria está unida e não recuará enquanto não conseguirmos a negociação”, comentou.
Representando a Aduf Dourados, Noêmia Moura lembrou dos últimos anos de “terror” que a Universidade Federal da Grande Dourados passou, com um interventor na instituição. “Nosso ato é de indignação. Não podemos aceitar que as categorias da educacao recebam o reajuste zero, em um governo que ajudamos a eleger”, finalizou.
O técnico-administrativo Marco Henrique Santos, representando o Sintef Dourados, comentou que os servidores estão em greve a mais de 80 dias. “Nossa greve é justa, por reajuste salarial, nós queremos a reestruturação da nossa carreira. Queremos mais orçamento para as universidades públicas. Não aceitamos a desculpa que nao há dinheiro porque nós sabemos que tem dinheiro pro agronegocio. Só sobraram migalhas para nós da educacao e da saúde. Não aceitaremos ultimatos do Governo Federal”.
Representando o DCE (Diretório Central dos Estudantes), Felipe Tartari comenta que uma das principais reivindicações deve ser a revogação do arcabouço fiscal. “É isso que está impedindo que a gente consiga o dinheiro para uma educação de qualidade. Precisamos nos mobilizar contra essa pauta”, finalizou ele.
A mobilização desta segunda-feira foi realizada com o intuito de informar à população sobre a reivindicação dos profissionais da educação pública federal. O ato reflete a insatisfação crescente entre os profissionais e a importância da luta por melhores condições no ensino público.