Audiência Pública encaminha a reitor da UFMS posição contrária ao Future-se







Marco Aurélio: levantamento comparativo aponta que mesmo na Europa e nos Estados Unidos, berço do neoliberalismo, a pesquisa científica é bancada em mais de 60% por agências de fomento estatal e fundo de doação de heranças

– Fotos: Arnor Ribeiro/ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional.

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⇒PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

para discutir o Future-se, ocorrida na quarta-feira (25-09), após ampla discussão da ilegalidade contida na proposta governista, indicaram ao deputado estadual Pedro Kemp (PT) e


aos deputados federais Vander Loubet (PT-MS) e Dagoberto Nogueira (PDT-MS) que encaminhem ao reitor Marcelo Augusto Santos Turine manifestação contrária à adesão da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) ao programa do governo federal .


Na audiência proposta por Kemp, em parceria com

ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional

,  Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e dos Institutos Federais de Ensino, no Estado de Mato Grosso do Sul (

Sista-MS

), do Diretório Central das e dos Estudantes (

DCE-UFMS

), o presidente da

ADUFMS

, Marco Aurélio Stefanes, apresentou levantamento comparativo apontando que mesmo na Europa e nos Estados Unidos, berço do neoliberalismo, a pesquisa científica é bancada em mais de 60% por agências de fomento estatal e fundo de doação de heranças.

Um dos principais objetivos do Future-se é atrair recursos da iniciativa privada para pesquisas dentro das universidades. Todavia, no estudo Stefanes apontou disparidades presentes na proposta. Mencionou que tanto no Brasil como em países desenvolvidos o investimento privado na área ainda é pequeno.







Audiência pública na UFMS para discutir programa Future-se.


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Pelo levantamento, o maior fomento à pesquisa no Brasil é feito pelo Petrobras, seguido por grandes empresas multinacionais. Com o Future-se o país dependeria ainda mais do recursos de multinacionais que assumem o patenteamento do projeto.


O atual modelo de distribuição de recursos para pesquisa já contém distorções entre as áreas de conhecimento.


Segundo Stefanes, no procedimento distributivo de recursos para pesquisa, as humanidades ficam com fatia bem menor em comparação a outras áreas, situação que também se agravaria com o Future-se.

O programa agrava a distribuição mais equitativa de recursos entre as universidades. No sistema atual o recurso para pesquisa já é concentrado no eixo Sul-Sudeste. Passou por um processo lento de desconcentração efetivado pelos últimos governos, fato que permitiu a estruturação de diversos grupos de pesquisas regionais. Com aprovação do Future-se, Stefanes prevê que essa política de concentração de recursos se agrave.


Na audiência, a coordenadora-geral do

Sista-MS

, Cleodete Candida Gomes, denunciou que alguns docentes vêm de forma deliberada tentando desmobilizar as ações promovidas pelas entidades contra o Future-se, não liberando os/as estudantes e ainda marcando avaliação nos dias e horários dos eventos. Denunciou também chefes de unidades que estão impedindo ou dificultando a colocação de cartazes esclarecendo a comunidade das consequências da implantação do Future-se.




Assessoria de Imprensa da ADUFMS Seção Sindical ANDES Sindicato Nacional