Ex-integrante do Ministério Público Federal e Ministro da Justiça no governo Rousseff, o advogado Eugênio José Guilherme de Aragão, participa de palestra em Campo Grande, no próximo dia 23 de agosto, às 19h30, no auditório do LAC (Laboratório de Análises Clínicas da UFMS), abordando o tema “Brasil Contemporâneo: Entre Cenários e Perspectivas”.
O evento é organizado pela parceria entre a
ADUFMS-Sindicato
, Conselho Regional de Psicologia – 14º Região, Sindicato dos Psicólogos de Mato Grosso do Sul (Sindpsi-MS), Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares (RENAP-MS) e o Centro de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos (CDDH) Marçal de Souza Tupã-i, e tem o objetivo de compartilhar análise sobre a conjuntura política e econômica pela qual passa o Brasil, e as alternativas frente à política neoliberal do governo Temer.
Aragão tem assumido uma postura crítica às ações de violações constitucionais e dos rituais jurídicos estabelecidos que ocorrem na Operação Lava Jato, sob o pretexto de combate à corrupção. Para ele, o país vive um momento de ilegalidades nos processos políticos e promiscuidade entre o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Poder Judiciário.
Em entrevista divulgada pelo canal no
youtube
Viva Roda,
o ex-ministro avaliou como positivo o fato de a Lava Jato ter desnudado esquemas de corrupção ligados a financiamento de campanhas eleitorais, mas criticou a postura da chamada República de Curitiba, que tem um “impulso exibicionista” que compromete o Estado de Direito e principalmente quando alguns veículos de comunicação decidiram ser permissivos com ativismos de certos grupos e persecuções seletivas.
Para o advogado, a força-tarefa da Operação Lava Jato constituiu, por si só, uma violação ao princípio da separação de poderes. Opinou que todo o processo teve “consequências desastrosas para as instituições e para a economia” e “acabou afetando enormemente o interesse nacional”. Por falta de conhecimento técnico, disse Aragão, indústrias inteiras “quebraram”.
Eugênio também fez duras críticas ao projeto de terceirização do governo Temer. Salienta que não adianta falar em “fim da CLT” porque, para muitas pessoas, a mensagem não é clara. “Você tem que dizer que elas vão ficar pulando de galho em galho com contratos de três meses. Isso significa que não tem mais direito a férias, 13º salário, aviso prévio, licença maternidade nem FGTS. É isso o que é a terceirização. É o fim dos benefícios que existem há décadas”, disparou.
Assessoria de imprensa da ADUFMS
(Com informações do jornal GGN)