A segunda edição da Marcha das Mulheres Negras está marcada para novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul, com o objetivo de denunciar o racismo estrutural e institucional, além de cobrar respostas efetivas do poder público para as desigualdades que afetam a população negra.
A iniciativa, organizada pelo Comitê Impulsor Estadual/MS, busca dar visibilidade às demandas das mulheres negras em diversas áreas, como trabalho, renda, saúde, educação, habitação, assistência social, economia, política, liberdade religiosa e cultura.
A marcha acontece dez anos após sua primeira edição, realizada em novembro de 2015. Neste novo momento, o movimento pretende fortalecer a articulação coletiva e ampliar a pressão sobre governos e sociedade civil para enfrentar o racismo e o sexismo. A ausência de políticas eficazes para combater as desigualdades será um dos principais pontos de pauta do evento.
Mulheres negras, apoiadores, simpatizantes, colaboradores e entidades parceiras estarão mobilizados para reivindicar medidas concretas que garantam justiça e equidade para a população negra.
A presidenta da Adufms, sindicato apoiador da Marcha, Mariuza Guimarães, apresenta um panorama geral do que se espera da ação. “A Marcha de Mulheres Negras e Caribenhas é uma marcha que já vem se consolidando no Brasil. Nesse ano de 2025, em especial, as mulheres pretendem realizar a marcha em Brasília. A proposta é um milhão de mulheres negras em Brasília para pedir políticas públicas para as mulheres, nas áreas da saúde, educação, trabalho, erradicação do racismo, machismo e ainda, garantir que os nossos filhos e filhas tenham acesso à universidade pública, gratuita, de qualidade e apresentar pessoalmente ao governo federal as demandas das mulheres negras que são muito específicas no nosso país.”
O evento também pretende dar visibilidade à luta das religiões de matriz africana contra a intolerância religiosa e fomentar o debate sobre comunicação e representatividade midiática.