O movimento de greve deflagrado na segunda-feira (15-06) vem ganhando novas adesões de docentes e estudantes. Essa é avaliação do Comando de Greve e da direção da
ADUFMS-Sindicato
com base na Assembleia Geral Extraordinária da categoria realizada nessa quarta-feira (17-06).
O número de professores/as presentes na primeira assembleia após o início da greve praticamente dobrou. No interior professores e alunos do
Campus
de Aquidauana (CPAQ) organizaram atos na praça central, panfletagens e passeata pelas principais ruas da cidade. Para esta sexta-feira às 8h, está marcado o ato em defesa da educação pública, laica, gratuita e de qualidade para todos e todas.
Em breve exposição, dirigentes do Sindicato esclareceram que o governo federal ainda não apresentou contraproposta à categoria. A única novidade é que o Ministério da Educação (MEC) agendou reunião com o Comando Nacional de Greve (CNG) para o próximo dia 23 de junho, em Brasília, o que não significa a concretização de negociação, pois qualquer medida nesse campo depende de autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Na Assembleia de Campo Grande, os/as professores/as aprovaram por maioria a contribuição extraordinária de mais 1% sobre o salário-base (VB+RT) sobre os meses de julho e agosto, visando à participação de representantes da docência da UFMS no Comando de Greve Permanente do Andes, com o revezamento semanal em Brasília, homologaram a criação da Comissão de Ética, com a função de orientar os/as professores/as sobre os desdobramentos das atividades acadêmicas, pesquisa e extensão, no período de greve, e as comissões de Mobilização, Comunicação e de Cultura. A última encabeçada pelo professor Antonio Lino Rodrigues de Sá, da Pedagogia, e que conta com a participação de estudantes do DCE-UFMS. Os/as professores/as deverão se apresentar para compor as comissões. Quanto ao desconto, docentes interessados em contribuir devem assinar o requerimento na secretaria da
ADUFMS-Sindicato
ou nas assembleias. O dinheiro servirá para cobrir gastos extras com representantes em Brasília, produção de material gráfico, atividades de agitação, propaganda e mobilização do Comando de Greve da UFMS e Estadual. A verba será administrada pelo Comando de Greve da UFMS.
Representantes do DCE e do Sista-MS estiveram na Assembleia e reforçaram a intenção de construir as atividades de greve de forma unificada. A intenção é jogar peso no ato conjunto com os servidores públicos no dia 25 de junho em Campo Grande, com concentração marcada para a Praça da República e, em seguida, passeata com panfletagens e ato final no calçadão da Barão. A categoria também deliberou a realização de audiências públicas na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa.
Os/as docentes também discutiram e aprovaram a pauta de reivindicações específicas de greve a ser tratada com a Reitoria da UFMS. Os pontos aprovados são os seguintes: democratização na formulação do Padoc (Plano de Atividades Docentes), unificando-o ao Siscad (Sistema Acadêmico Online) e ao SiaDoc (Sistema de Avaliação de Desempenho da Carreira Docente), ou seja, a estruturação de apenas um sistema; instituição da paridade de 1/3 de votos na escolha para reitor; deflagração do processo estatuinte para elaborar novo estatuto da universidade; defesa de efetivação e ampliação de políticas de assistência estudantil (concessão urgente de Bolsa Permanência e funcionamento do Restaurante Universitário à noite) para redução de evasão de estudantes (hoje em torno de 50% dos/das ingressantes); democratização na integralização da carga horária das disciplinas para 60 minutos; revisão e mais equidade nas representações nos conselhos; contratação de mais docentes para adequação de horário, com mais condições de trabalho e de deslocamento na supervisão de estágio dentro e fora da instituição; cursos de atualização tecnológica para docentes e técnicos/as; contratações de técnicos/as administrativo/as para suprir as aposentadorias, melhores condições de acessibilidade e de auxílio-transporte para
campi
de difícil acesso.
Assessoria de Imprensa da ADUFMS-Sindicato